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Ébola: OMS apela a “medidas drásticas” em África contra “a mais grave” epidemia

virus do ebolaÉ o segundo alerta da Organização Mundial de Saúde, que convocou uma reunião de emergência para 2 e 3 de julho. O vírus do Ébola está a disseminar-se na Africa Ocidental e são necessárias “medidas drásticas” para conter aquela que já é “a mais grave” epidemia de sempre.

O surto de Ébola que surgiu em março na República da Guiné extravasou as fronteiras e cresceu, ao ponto da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmar que a África Ocidental está perante “a mais grave” epidemia de sempre.

O problema atingiu uma dimensão tão grande que o organismo convocou uma reunião subregional de emergência, agendada para os dias 2 e 3 de julho em Acra, no Gana.

A OMS enviou ainda uma equipa multidisciplinar, com mais de 150 peritos, para os países mais afetados (Guiné, Libéria e Serra Leoa), de forma a prestar auxílio técnico para conter conter o surto. Esse apoio será consumado em ações de vigilância, comunicação, mobilização social, controlo da infeção, logística e gestão de dados. 

Mas tudo isto, ainda assim, não chega: são precisas “medidas drásticas”, entende a OMS, perante uma epidemia que já matou mais de 400 pessoas. É o maior surto em números de casos e de mortes e em relação à distribuição geográfica, que ameaça sobretudo pelo risco de “propagação internacional””.

Foram reportados até ao momento mais de 600 casos e a taxa de mortalidade está acima dos 60 por cento. A maioria das mortes ocorreu em Guekedou, uma região da República da Guiné.

Luis Sambo, diretor regional da OMS para a África, alertou que não se está perante “mais um surto específico de cada país, mas uma crise subregional e é preciso uma ação firme”.

“A OMS está seriamente preocupada com a propagação transfronteiriça em curso para os países vizinhos, bem como o potencial de disseminação internacional”, reforçou.

O diagnóstico dos Médicos Sem Fronteiras é ainda mais grave: esta entidade considera que a epidemia está fora de controlo.

O ébola é uma febre hemorrágica grave causada pelo vírus com o mesmo nome e não tem vacina nem cura.

A doença é transmitida pelo contacto com os fluidos de pessoas ou animais infetados, com um período de incubação entre dois e 21 dias, e os sintomas incluem febre alta, hemorragias e danos no sistema nervoso central.

A taxa de mortalidade pode atingir os 90 por cento. 

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