Tecnologia

E se o seu telemóvel fosse capaz de detetar emoções?

A resposta: já é. Um investigador da Universidade de Coimbra foi distinguido com o prémio ‘Young Scientist Award’, por criar uma aplicação que torna o telemóvel capaz de identificar as emoções do ser humano.

Pode parecer ficção, mas não, graças à aplicação Happy Hour, desenvolvida (para o sistema operacional Android) por uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), coordenada por Jorge Sá Silva.

A originalidade do projeto ‘Happy Hour – Improving Mood With An Emotionally Aware Application’ valeu a David Nunes, de 27 anos, o prémio ‘Jovem Investigador’ (‘Young Scientist Award’) na Conferência Internacional IEEE-I4CS – Inovação para Serviços Comunitários, que decorreu na Alemanha.

Com a aplicação Happy Hour, que se encontra em fase de protótipo, o telemóvel não só identifica o estado de espírito dos seus utilizadores, como também seleciona e apresenta informação, em tempo real, sobre os espaços verdes de interesse mais próximos (como parques ou jardins). A aplicação promove assim caminhadas e exercício físico como forma de melhorar a situação emocional de quem a utiliza.

O objetivo do desenvolvimento desta revolucionária ‘app’ que se enquadra na promissora área da Internet das Coisas, conta David Nunes, “é mudar o paradigma”.

“As tecnologias devem compreender o ser humano e adaptar-se às suas necessidades e desejos. Embora seja um desafio de enorme complexidade, o futuro passa por aqui”, diz.

A aplicação, que atualiza o estado emocional de hora a hora e envia para correção e validação do utilizador, socorre-se igualmente de sensores do telemóvel para identificar, localizar e perceber o ambiente onde indivíduo está inserido.

Esta tecnologia resulta de quatro anos de investigação e passou por várias etapas. Primeiro, a equipa reuniu um conjunto de tecnologias e informação (camisola inteligente, telemóvel, informação sobre o estado do tempo, entre outros) que lhe permitisse obter e processar toda a informação essencial para desenhar a aplicação.

A partir daqui, os investigadores utilizaram um algoritmo de aprendizagem para avaliar quatro estados emocionais pré-definidos: euforia, aborrecimento, calma e ansiedade.

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