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É “insuportável e insustentável” manter o atendimento da Segurança Social em Castelo Branco

pedro_mota_soares1É “insuportável e insustentável” para o país manter o ‘call center’ da Segurança Social em Castelo Branco, justificou o ministro Mota Soares. O fecho do serviço mandou 400 funcionários para o desemprego. A haver nova concessão, será só no final do ano.

Pedro Mota Soares, ministro Solidariedade e Segurança Social, justificou o fim do centro de atendimento telefónico em Castelo Branco com os custos de manutenção do serviço: “quando recebemos a primeira proposta de renovação do ‘call center’ percebemos que a dimensão financeira envolvida não era suportável relativamente às dificuldades do país”.

O serviço estava concessionado pelo Instituto de Segurança Social (ISS) à empresa de recursos humanos RHmais, mas o vínculo terminou no sábado, mandando 400 funcionários para o desemprego, 231 dos quais efetivos. O ministro justificou a decisão com a diferença, para quase o dobro, entre o valor inicialmente pedido (15 milhões de euros) e o montante disposto a pagar pelo serviço: oito milhões, em concurso público internacional já a decorrer.

“Num tempo difícil e de muita dificuldade temos de ser responsáveis com o dinheiro dos contribuintes”, reforçou Pedro Mota Soares, instado a comentar o caso em Lisboa, no intervalo duma conferência sobre voluntariado. “Tivemos de fazer uma auditoria aos serviços para podermos mudar a capacidade de resposta do próprio Estado”, complementou o governante, elogiando o facto de ter cumprido “o mais importante”, nomeadamente “diminuir duma forma muito significativa o encargo financeiro”.

Quantos aos 400 funcionários despedidos, o ministro acredita que será dada prioridade, no âmbito do concurso público, “a todas as pessoas que já têm uma formação específica nesta matéria”, pois “não faz sentido estarmos sistematicamente a pagar muito dinheiro a muitas empresas” sem que o país beneficie dessa “formação e mais-valia”.

“Tem havido sempre uma enorme preocupação de garantir a manutenção de postos de trabalho”, insistiu Mota Soares, lembrando que o concurso público contempla premissas fundamentais para o ISS, como sejam a redução de custos e o facto da empresa vencedora vir a contratar, preferencialmente, recursos humanos com reconhecida experiência e conhecimento acumulado.

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