Bagão Félix apelou à realização de mudanças no Governo. “A haver remodelação deve ser o mais rápido possível, sob pena de perder efeito”, defendeu o antigo ministro das Finanças, embora reconhecendo que Passos Coelho terá dificuldades em renovar uma equipa bastante desgastada: “é bastante difícil, mas há pessoas que têm sentido patriótico”.
“É importante uma remodelação”, insistiu Bagão Félix, justificando que não pode ser limitada à troca de decisores, tendo obrigatoriamente de mexer na orgânica do Governo para resolver o “erro” dos ministérios “que juntam coisas completamente diferentes e até conflituantes”. “Sou favorável a mais ministros e muito menos secretários de Estado para obrigar os governos a falar e a despachar diretamente com o aparelho do Estado, com as direções-gerais, que hoje são completamente postas fora do circuito, são marginalizadas”, precisou.
“Uma boa chicotada psicológica era importante” para o país e para a própria coligação de Governo, numa altura em que PSD e CDS parecem afastar-se: “o país precisa de tudo menos de uma crise política. Em particular o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros têm o dever patriótico de não gerar uma situação de instabilidade política, embora com muitas contradições relativamente ao que prometeram e em relação ao que sempre foram as suas políticas, em particular o CDS”.
Antigo governante indicado pelo CDS, Bagão Félix lembrou que a carta de Paulo Portas aos militantes apenas ‘repetiu’ o que o presidente do PSD havia dito: são contra o aumento de impostos: “um disse antes e outro depois. É, de facto, uma situação de dessintonia muito desconfortável. Não é uma crítica, mas percebo o desconforto em que esses líderes, em particular o do CDS, estará neste momento”.
Com os dois partidos, no Governo, a aumentarem os impostos, “as pessoas terão alguma dificuldade em perceber” essa dessintonia, confessou Bagão Félix, admitindo que os portugueses estão cada vez mais fartos das mentiras políticas: “o mais revelador é que, sucessivamente, os programas e as intenções com que os partidos, regra geral, se apresentam ao eleitoral (os que têm possibilidades de governar) são, depois, sempre contraditados pela prática. Não é um, são todos, sucessivamente, e isso destrói a base mínima de confiança que é necessário ter”.
O PS, hoje na oposição, é outro exemplo citado pelo antigo ministro das Finanças: “o PS hoje fala de palavras interessantíssimas como crescimento ou outras palavras romanticamente interessantes, mas se estivesse no Governo não teria grande possibilidade de fazer de maneira diferente”.
“Há que encontrar aqui um ponto de equilíbrio, recuperar alguma confiança do eleitorado, mas para isso os políticos também precisam de ter mundividência, precisam de perceber não apenas aquilo que se ensina nas universidades, mas também aquilo que é vivido na rua, na casa das pessoas, no trabalho, para compreender a realidade concreta do país que se governa”, explicou.
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