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“É esclarecer se não há mais indemnizações faraónicas pagas em desgoverno com dinheiro dos contribuintes”

Alexandra Reis chegou ao governo aos 48 anos mas durou pouco na estrutura executiva liderada por António Costa, tendo deixado a secretaria de Estado do Tesouro, por pedido de demissão, após solicitação de Fernando Medina, ministro das Finanças.

A agora ex-secretária de Estado sai após uma polémica a envolver a sua passagem pela TAP, empresa que lhe pagou uma indemnização a rondar os 500 mil euros, tendo deixado o cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.

Essa situação motivou muitas críticas, sobretudo nos últimos dias, tendo mesmo o Presidente da República aconselhado o governo a esclarecer a situação, isto ainda antes mesmo de ser conhecida a decisão de saída de Alexandra Reis.

Ana Gomes, antiga eurodeputada e ex-candidata à Presidência da República, alinha pela ideia de que é preciso esclarecer até ao fim o caso Alexandra Reis mas também outros eventuais casos que possam existir nas empresas que estão na esfera do Estado.

“Tem que se esclarecer completamente este caso e esclarecer se não há mais outros casos de indemnizações faraónicas pagas no contexto da TAP em concreto ou de outras empresas públicas em manifesto desgoverno do dinheiro dos contribuintes”, comentou Ana Gomes.

A antiga candidata presidencial, que falava na SIC Notícias, lamentou que situações destas apareçam frequentemente e diz mesmo que tem sido abordada na rua por pessoas que lhe manifestam o seu desagrado em relação a estas matérias.

Antes de entrar no governo de António Costa, Alexandra Reis passou, além da TAP, por outras empresas nacionalmente conhecidas como a NAV (empresa responsável pelo controlo de tráfego aéreo), a PT, REN e NetJets.

Alexandra Reis não tinha filiação partidária conhecida até ingressar na secretaria de Estado do Tesouro sob tutela de Fernando Medina.

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