As “atuais circunstâncias” em que Portugal se encontram levam Durão Barroso a ter um apreço especial por Vítor Gaspar e por Maria Luís Albuquerque. “Admiro muito qualquer pessoa que aceite ser ministro das Finanças”, explicou-se o presidente da Comissão Europeia.
Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia (CE) e antigo primeiro-ministro de Portugal, comentou hoje a alteração no executivo de Pedro Passos Coelho, com a saída de Vítor Gaspar das Finanças e a ‘promoção’ de Maria Luís Albuquerque, ex-secretário de Estado do Tesouro: “admiro muito qualquer pessoa que aceite ser ministro das Finanças de Portugal nas atuais circunstâncias, quer o dr. Vítor Gaspar, quer, agora, a dra. Maria Luís Albuquerque”.
Para Durão Barroso, que falou com os jornalistas em Estrasburgo, à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, é preciso “coragem” para assumir a tutela das Finanças perante a situação económica do país, ainda sob resgate da troika. O momento é, contudo, melhor do que o encontrado pelo ex-ministro, alegou o presidente da CE.
“O dr. Vítor Gaspar assumiu as funções de ministro das Finanças num momento extremamente difícil para a economia portuguesa. Eu acho que isso todos, mesmo os seus críticos, reconhecerão. E a verdade é que, em grande medida graças à sua acção, Portugal foi progressivamente recuperando a credibilidade financeira que havia perdido”, afirmou Durão Barroso.
Uma “credibilidade” que o ex-primeiro-ministro fez questão de estender à nova ministra, que designou sendo “alguém também reconhecida pelos colegas, aqui na União Europeia, graças à sua competência”.
“Desejo-lhe, aliás, as maiores felicidades. É essencial que Portugal continue a criar as bases para poder voltar ao crescimento sustentado, para que, precisamente, possa assim responder às principais preocupações sociais, que são aquelas que hoje em dia têm os portugueses”, concluiu Durão Barroso.