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Durão Barroso defende união bancária europeia mas “passo a passo”

dbA criação da união bancária europeia será um “grande passo” para uma maior integração, no sentido de vencer a crise das dívidas soberanas. Quem o defende é Durão Barroso, que em entrevista ao Financial Times acredita ainda que os estados membros têm que tomar novas medidas legislativas. O Reino Unido e a Alemanha já fizeram saber que estão contra esta união bancária que poderá avançar já em 2013.

Em termos práticos, a união bancária europeia será como um regulador comum europeu, que irá supervisionar os bancos da Zona Euro. Mas esta união obriga também a que os contribuintes recapitalizem todos os bancos que o necessitarem.

E é nestes pontos que o Reino Unido está contra e já fez saber que não está interessado em alinhar por esta união bancária. Até porque a proposta do presidente Durão Barroso permitiria às autoridades de Bruxelas fechar um banco e, consequentemente, haver prejuízo dos seus acionistas sem a interferência das autoridades nacionais.

Durão Barroso admite que “agora temos condições para ir mais longe”, afirmando mesmo que “os estados-membros reconhecem a necessidade de ir mais longe em termos de integração, especialmente na Zona Euro”. E avisa que esta dita integração “é uma das lições a retirar da crise”.

Todas estas alterações não obrigam a qualquer modificação dos tratados atuais, segundo afiança o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que faz um alerta para o caso de não se avançar com uma maior integração. “Se não dermos um passo adiante, há um risco de fragmentação da União Europeia”.

Resta esperar para saber concretamente as razões para as recusas por parte de Berlim, uma vez que Londres já o fez publicamente, ao negar que a Comissão Europeia regule e possa gerir os bancos de terras de Sua Majestade.

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