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Duas dezenas de dirigentes sindicais apelam à negociação para aumentos salariais na IP

Duas dezenas de representantes sindicais dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) concentraram–se hoje junto à residência oficial do primeiro–ministro, em Lisboa, para exigirem a valorização dos salários congelados desde 2009 e o desbloqueio das negociações.

“Nós trouxemos aqui à residência do primeiro-ministro esta delegação de representantes dos trabalhadores desta empresa para que haja uma intervenção por parte do Governo para que seja desbloqueada a intransigência por parte da administração da IP”, disse aos jornalistas o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), Abílio Carvalho, lembrando que está marcada uma greve de 24 horas para segunda-feira.

“Aquilo que os trabalhadores reivindicam não é nada mais do que é praticado noutras empresas, nomeadamente no setor ferroviário temos o exemplo da CP e aquilo que estamos a solicitar é que haja um aumento intercalar dos salários dos trabalhadores”, acrescentou.

Pouco depois do início do protesto, uma delegação de dirigentes sindicais foi recebida na residência do primeiro-ministro, António Costa, sendo que na mesma altura uma outra delegação sindicalistas estava reunida no Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, também em Lisboa.

“Nós somos confrontados com o não aumento dos salários e com os cortes dos salários dos trabalhadores ao longo dos últimos anos”, explicou Abílio Carvalho aos jornalistas, adiantando que os sindicatos reivindicam um aumento salarial de 4%.

“E estamos dispostos até a ceder. Isto é, haver um meio termo se houver propostas positivas por parte da empresa”, acrescentou.

Mas, de acordo com o dirigente do SNTSF, “nem isso há”, daí que os sindicatos estejam a aguardar para ver se “o Governo interfere” e se a administração da IP “desbloqueia o processo”, para que possa haver “um sinal positivo para a resolução deste conflito”.

Está agendada uma greve dos trabalhadores da IP de 24 horas para segunda-feira, no seguimento da paralisação realizada em 12 de março.

“Os trabalhadores estão firmes a continuar esta luta até que haja um sinal e hoje estamos aqui também a ver se conseguimos resolver o conflito de uma vez por todas e ver se não chegamos à necessidade de fazer esta greve”, salientou o sindicalista.

A greve dos trabalhadores da IP marcada para segunda-feira não terá serviços mínimos para os comboios de passageiros, por ser apenas um dia de paralisação e haver transportes alternativos, decidiu o tribunal arbitral.

A IP queria serviços mínimos correspondentes a 25% do número de composições habituais de transporte de passageiros e a 9% dos transportes de mercadorias, como ocorreu em relação à greve do passado dia 12, “marcada pelos mesmos sindicatos nas mesmas empresas e com idênticos objetivos”.

A IP é a empresa pública que resultou da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional — REFER e a EP – Estradas de Portugal.

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