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Duarte Lima conseguiu manter herança com uma mentira, noticia JN

duarte_lima2Duarte Lima, advogado de Rosalina Ribeiro à data do facto agora divulgado pelo JN, negou sê-lo, para conseguir ficar na posse de uma herança. Duarte Lima terá sido confrontado com uma proposta, que implicaria a devolução de uma parte do dinheiro da herança de Lúcio Thomé Feteira, mas “mentiu” para poder ficar com essa quantia milionária.

Segundo o Jornal de Notícias, o então advogado de Rosalina Ribeiro foi confrontado com uma proposta, que o obrigaria a devolver um valor não especificado, mas substancial (“milhões de euros”), relativo à fortuna deixada por Thomé Feteira, parte da herança que teria de ser legalmente dividida.

Para não ter de devolver essa quantia elevada, “Duarte Lima mentiu”, garante o JN. O dinheiro terá sido transferido por Rosalina Ribeiro de uma conta da Suíça partilhada por Feteira e Rosalina Ribeiro, para a conta bancária do advogado e ex-deputado do PSD.

A alegada negociação que implicava a devolução dessa verba terá sido iniciada por José Miguel Júdice, advogado de Olímpia Feteira, filha de Thomé Feteira.

Outro advogado português envolvido nesta negociação terá sido, ainda segundo o JN, Rui Gomes da Silva, atual administrador da SAD do Benfica e antigo ministro, no executivo de Santana Lopes.

Deste modo, Duarte Lima terá conseguido evitar uma negociação de uma transferência de milhões de euros. A notícia surge numa altura em o próprio acusado da morte de Rosalina Ribeiro quebrou o silêncio.

Em declarações por escrito à RTP, no âmbito de um trabalho jornalístico que a televisão pública está a realizar, o advogado criticou as autoridades brasileiras, revelando que estava condenado mesmo antes de se concluir o processo.

Duarte Lima sustenta que a Justiça brasileira estava “pouco preocupada” com a descoberta da verdade. O principal suspeito da morte de Rosalina Ribeiro (segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro) faz uma acusação velada a Olímpia Feteira, filha de Thomé Feteira. Sem precisar nomes, aponta que havia “interessados evidentes em Portugal” na morte de Rosalina.

O português fala de outra negociação, ocorrida em 2009: um advogado tentou que Duarte Lima convencesse Rosalina a “negociar um acordo”, sob pena de, caso essa renegociação não ocorresse, a vida de Duarte Lima “seria transformada num inferno”.

Duarte Lima considera que os advogados de Rosalina que a representam num processo sucessório relevante “não beneficiaram com a sua morte”. Sem querer acusar “não tendo provas”, o português afirma que “a investigação serve os interesses” de Olímpia Feteira e foi “moldada aos seus desejos”.

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