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Droga LSD pode curar a depressão

Uma equipa de cientistas do Reino Unido vai testar a dietilamida do ácido lisérgico, substância alucinogénica mais conhecida pela sigla LSD, como um medicamento para curar a depressão. O ensaio tem um orçamento de 330 mil euros.

É a primeira vez que o LSD vai ser testado de um ponto de vista clínico no Reino Unido, numa experiência patrocinada pela fundação de Amanda Feilding, a condessa de Wemyss and March.

“Consumi nos anos 60, quando ainda não era ilegal, e melhorou o meu bem-estar”, assume Feilding, agora conhecida como… Condessa da Canábis.

“Há estudos que mostram que o LSD pode ser uma droga maravilhosa capaz de curar várias coisas. Não vamos administrar doses grandes, apenas um mínimo para [os voluntários] sentirem efeito. Se este pequeno ensaio for bem sucedido, aí vamos apresentar uma candidatura a fundos governamentais para realizarmos um ensaio em grande escala”, acrescentou ainda a responsável pela Fundação Beckley.

Nesta experiência, os 20 voluntários vão consumir LSD e de seguida preencher vários questionários de índole psicológica.

Terão também de jogar Go, um jogo de tabuleiro vulgarmente apelidado de ‘damas chinesas’.

O ensaio vai ser supervisionado por David Nutt, o antigo conselheiro do Serviço de Saúde britânico que foi afastado do cargo (em 2009) por afirmar que a LSD e o ecstasy são menos perigosos do que o álcool.

O anúncio deste teste inédito tem gerado as reações mais díspares na ilha. David Raynes, membro da Aliança Nacional de Prevenção das Drogas, lembrou que “o professor Nutt e a condessa são famosos promotores de drogas e devemos duvidar dos verdadeiros motivos” da iniciativa: “Muitas pessoas sofreram efeitos graves após consumirem LSD e eles estão a brincar com as mentes das pessoas”.

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