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Dormir pouco pode potenciar riscos de Alzheimer, revela pesquisa

No sono, as toxinas do cérebro são eliminadas.É na hora do sono que o cérebro ‘combate’ os riscos de Alzheimer. Assim, segundo um estudo da Oregon Health and Science University, se dorme poucas horas, enfrenta maior risco de sofrer da doença.

Uma pesquisa norte-americana associa as horas de sono aos riscos de sofrer de Alzheimer.

A explicação, segundo os investigadores da Oregon Health and Science University, está no facto de as toxinas beta-amilóides, associadas à doença, serem eliminadas pelo cérebro durante o período de sono.

Dormir poucas horas trava este processo, o que aumenta as probabilidades de vir a padecer daquela doença neuro-degenerativa.

E segundo Jeffrey Illif, coautor deste estudo, assinala também outros riscos – associados a perturbações do sono. A “demência é um deles, em casos mais extremos”, diz, em declarações ao Daily Mail.

A pesquisa foi realizada em animais, cujas horas de sono foram controladas pelos investigadores. Aqueles que dormiam menos acumulavam mais toxinas responsáveis pela deterioração do cerebral.

A fase seguinte neste trabalho da Oregon Health and Science University é comprovar a teoria em humanos, sendo que as probabilidades de os resultados serem os mesmos é altíssima.

Estudos anteriores já haviam comprovado que poucas horas de descanso, de forma habitual, provocavam perdas de memória, assim como outros problemas cerebrais.

Esta não é a primeira vez que se associam os distúrbios do sono à doença de Alzheimer.

Em 2012, investigadores norte-americanos descobriram que dormir mal, ter persistentes insónias ou outros problemas relacionados com o sono podem ser uma espécie de ‘alarme’ precoce para a doença, muito antes de este problema se revelar no paciente, nas suas capacidades cognitivas.

Este trabalho realizado pela Washington University, dos EUA, e tornado público na Science Translational Medicine, uma revista da especialidade, também foi realizado em ratos.

Os investigadores analisaram os níveis de beta-amiloide, presente no cérebro. Quer nos ratos, quer no ser humano, a quantidade daquela proteína variam, durante o dia. Na doença de Alzheimer, verifica-se uma alteração destes ciclos. A variação provoca distúrbios de sono. As dificuldades em dormir podem ser recorrentes.

Neste estudo, os cientistas verificaram mudanças no sono dos ratos, no momento em que as placas se formaram. Houve uma redução do tempo que dormiam.

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