Economia

Dormidas no turismo diminuem em fevereiro e proveitos abrandam

As dormidas no alojamento turístico recuaram 1 por cento em fevereiro na comparação com igual mês de 2018, enquanto o número de hóspedes aumentou 2,9 por cento e os proveitos subiram 4,4 por cento, revela hoje o INE.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em fevereiro, o setor do alojamento turístico registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,3 milhões de dormidas, quando, em janeiro, estes dois indicadores registaram uma evolução de 6,4 por cento e 4,5 por cento, respetivamente.

Os números hoje divulgados apontam que, apesar de os proveitos apresentarem uma subida de 4,4 por cento, traduzem um abrandamento em relação a janeiro, mês em que cresceram 8,8 por cento.

No total, os proveitos do setor situaram-se em 172 milhões de euros, sendo que, no aposento, atingiram 119,8 milhões de euros (mais 2,8 por cento, contra a subida de 8,1 por cento no primeiro mês do ano).

Para justificar este desempenho do setor turístico, o INE realça que “estes resultados estão condicionados pelo efeito base do Carnaval, que no ano anterior ocorreu em fevereiro”.

A estada média no alojamento turístico (2,42 noites) também caiu, 3,8 por cento, devido às reduções quer dos residentes (menos 2,5 por cento), quer dos não residentes (menos 5,5 por cento).

Em fevereiro, o mercado interno apenas contribuiu com um milhão de dormidas, o que representa um decréscimo de 2,6 por cento (em janeiro houve um crescimento de 6 por cento).

Também do lado dos turistas não residentes se registou uma quebra e, de acordo com o INE, “os mercados externos (peso de 69,0 por cento em fevereiro) apresentaram um ligeiro decréscimo (menos 0,2 por cento face à subida de 3,9 por cento em janeiro) e corresponderam a 2,3 milhões de dormidas”.

Nos dois primeiros meses de 2019, o INE contabiliza “um aumento de 1,6 por cento nas dormidas totais, resultante de variações de +1,3 por cento nos residentes e +1,7 por cento nos não residentes”.

Quanto aos turistas estrangeiros, conclui que os 16 principais mercados emissores representaram 85,3 por cento das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico em fevereiro.

O mercado britânico, com um peso de 18,4 por cento nas dormidas de não residentes, cresceu 2,1 por cento em fevereiro e 3,2 por cento no total dos dois primeiros meses do ano.

As dormidas de hóspedes alemães (13,1 por cento do total) apresentaram um decréscimo de 11,8 por cento em fevereiro, sendo que, desde o início do ano, recuou 7 por cento.

O contributo dos turistas espanhóis (8,8 por cento do total) caiu 4,5 por cento em fevereiro, enquanto que nos hospedes de França verificou-se uma ligeira redução (menos 0,6 por cento e menos 2,8 por cento em termos acumulados).

Também o mercado brasileiro apresentou um decréscimo de 10,2 por cento nas dormidas em fevereiro e, desde o início do ano, este mercado recuou 1,2 por cento.

Pela positiva o destaque, em fevereiro, vai para os crescimentos registados pelos mercados norte-americano (32,2 por cento), irlandês (20,9 por cento) e chinês (14,5 por cento).

As diferentes regiões do país não registaram o mesmo comportamento na evolução das dormidas, com a Região Autónoma dos Açores e o Algarve a se destacarem com crescimentos de 2,1 por cento e 1,2 por cento, respetivamente.

Em sentido contrário, o Centro e a Região Autónoma da Madeira apresentaram as maiores reduções (menos 4,5 por cento e menos 3,9 por cento, respetivamente).

Nos dois primeiros meses, o destaque vai para os crescimentos de 7,9 por cento no Alentejo (região com um peso de 3,7 por cento nas dormidas totais acumuladas) e de 4,1 por cento no Norte (15,9 por cento no mesmo período).

As dormidas de residentes registaram uma subida nos Açores (+9,5 por cento), na Madeira (+7,7 por cento) e no Alentejo (+7,6 por cento) e, pelo contrário, houve uma redução mais acentuada no Centro (menos 9,5 por cento).

Desde o início do ano, destacam-se as subidas apresentadas pelo Alentejo (+14,2 por cento) e Açores (+12,4 por cento).

No que se refere aos turistas estrangeiros, em fevereiro salienta-se o crescimento no Centro (7,1 por cento), além das subidas no Norte (2,9 por cento) e Algarve (2,4 por cento), enquanto no Alentejo há um decréscimo de 14,1 por cento.

A taxa de ocupação nos estabelecimentos turísticos (33,5 por cento) recuou 1,5 pontos percentuais (+0,1 p.p. em janeiro), tendo a Madeira 53,9 por cento e Lisboa 43,2 por cento, apesar dos decréscimos de 4,7 p.p. e 2,6 p.p., respetivamente.

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