Economia

Dormidas de turistas crescem 2,1% em outubro suportadas pelo alojamento local

As dormidas em alojamento turístico desaceleraram em outubro, aumentando 2,1 por cento face ao mês homólogo de 2018 e impulsionadas pelo alojamento local, que subiu 11,3 por cento, já que a hotelaria cresceu 0,7 por cento, divulgou hoje o INE.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam aumentos de 2,1 por cento nas dormidas, para 6,4 milhões, e de 5,4 por cento nos hóspedes, para 2,5 milhões, que comparam com 3,4 por cento e 5,1 por cento, respetivamente, registada em setembro.

Em outubro, as dormidas de residentes registaram um “forte abrandamento” e apresentaram um “aumento marginal” de 0,1 por cento em termos homólogos (+4,6 por cento em setembro), para 1,6 milhões, ficando aquém da subida de 2,7 por cento das dormidas de estrangeiros (+2,9 por cento em setembro).

Segundo o INE, nos primeiros 10 meses do ano as dormidas aumentaram 3,7 por cento, com contributos positivos quer dos residentes (+5,8 por cento), quer dos não residentes (+2,9 por cento).

As dormidas na hotelaria representaram 83,4 por cento do total e registaram um aumento de 0,7 por cento, enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,2 por cento no total) cresceram 11,3 por cento e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 2,3 por cento) aumentaram 0,9 por cento.

A estada média (2,55 noites) reduziu-se 3,2 por cento (-1,0 por cento nos residentes e -4,7 por cento nos não residentes) e a taxa líquida de ocupação (48,7 por cento) recuou 1,2 pontos percentuais (-1,3 p.p. em setembro).

Já os proveitos totais desaceleraram em outubro para 5,4 por cento (+6,8 por cento em setembro), atingindo 387,9 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento (289,1 milhões de euros) cresceram 6,7 por cento (+6,9 por cento no mês anterior).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 50,3 euros, aumentando 2,2 por cento (+1,7 por cento no mês anterior) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 84,8 euros (+3,1 por cento, +2,8 por cento no mês anterior).

Dos 16 principais mercados emissores, representativos de 85,7 por cento das dormidas de não residentes em outubro, destacaram-se o mercado britânico (21,4 por cento do total de dormidas de não residentes, com um aumento de 2,7 por cento) e norte-americano (6,4 por cento do total, com uma crescimento de 20,5 por cento).

Dos mercados que mais aumentaram as dormidas, destacam-se também o chinês (+17,7 por cento) e brasileiro (+15,6 por cento), que desde o início do ano já acumulam crescimentos de 16,4 por cento e 14,0 por cento, respetivamente.

Em quebra estiveram as dormidas de hóspedes alemães (13,5 por cento do total), que diminuíram 8,9 por cento em outubro e 6,9 por cento desde o início do ano, franceses (8,6 por cento do total e uma diminuição de 2,6 por cento em outubro e de 1,6 por cento desde o início do ano) e espanhóis (7,3 por cento do total e um decréscimo de 5,9 por cento em outubro, apesar de desde janeiro estar a aumentar 6,6 por cento).

Em outubro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões com exceção do Algarve (-0,6 por cento) e Madeira (-5,9 por cento), tendo-se o Norte e os Açores destacado com crescimentos de 7,6 por cento.

O Algarve concentrou 30,5 por cento das dormidas, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (27,1 por cento) e o Norte (15,6 por cento).

Desde o início do ano, o INE realça os acréscimos no Norte (+9,4 por cento), Alentejo (+7,4 por cento) e Açores (+6,6 por cento).

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