O até agora presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, despediu-se hoje do cargo citando o cineasta Alfred Hitchcock para recordar “terramotos” ultrapassados na Europa nos últimos cinco anos, e pediu ao seu sucessor para “manter a unidade europeia”.
“Quando iniciei as minhas funções, não suspeitei que o meu mandato seria marcado por uma frase de Alfred Hitchcock: ‘Um bom filme deve começar com um terramoto e ser seguido de tensão crescente”, declarou Donald Tusk, discursando na cerimónia de passagem de testemunho para o presidente eleito do Conselho Europeu, Charles Michel, em Bruxelas.
Falando perante jornalistas e membros da sua equipa, Donald Tusk recordou 2015 como um ano em que a “Europa se debateu com várias crises”, destacando a crise financeira na Grécia, a crise migratória, a crise ucraniana e ainda os ataques do Estado Islâmico “às fronteiras europeias”.
“E, um pouco depois, chegou o Brexit”, processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), que ainda decorre, destacou.
Dirigindo-se a Charles Michel, o político polaco disse: “Tenho a certeza de que tu, Charles, usarás o teu talento para manter a nossa unidade”.
Classificando a Europa como “o melhor cenário em todo o mundo”, por ser “um continente de liberdade e de Estado de direito”, Donald Tusk mostrou-se “muito orgulhoso por, nos últimos cinco anos, ter tido o privilégio de servir a Europa”.
“Não servir de forma abstrata, mas as pessoas, as nações e os interesses comuns”, concluiu.
Donald Tusk foi eleito para presidente para presidente do Conselho Europeu em 2014 e reeleito em 2017 para um segundo mandato de dois anos e meio.
O político polaco foi recentemente eleito presidente do Partido Popular Europeu.
O seu sucessor era, até há pouco tempo, primeiro-ministro da Bélgica, e assume as novas funções no domingo.
Na cerimónia de hoje, Charles Michel agradeceu a Donald Tusk, “em nome de todos os europeus, por ter sido um lutador pela Europa”.
“Estou muito honrado de ser o próximo presidente do Conselho Europeu […]. Será um privilégio servir os cidadãos europeus”, referiu.
Em tom irónico, Charles Michel adiantou que terá o seu “próprio estilo” neste cargo, que será “aberto ao diálogo e com mais cautela nos ‘tweets'” do que Donald Tusk, isto é, com as mensagens publicadas através da rede social Twitter.
“Hoje a nossa união deve reconhecer o quão longe chegámos na Europa. […] Porém, devemos continuar vigilantes, muito vigilantes”, avisou o político belga.
Charles Michel garantiu que “vai fazer tudo para promover o maior respeito entre os países”, mostrando ainda intenção de que “a Europa seja líder na economia verde, com empregos e maior qualidade de vida”.
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