Depois das declarações do presidente Godinho Lopes, que falou do momento menos bom que a equipa de Alvalade atravessa, agora é Domingos a apresentar argumentos falando de jogadores, ex-jogadores, da direção e dos objetivos para que foi contratado.
Domingos Paciência abordou hoje o embate contra o Moreirense, esta quinta-feira, a contar para a Taça da Liga. No entanto, na conferência de imprensa do treinador do Sporting, o jogo ficou quase para segundo plano, com o técnico a falar sobre o momento atual do clube.
Para Domingos Paciência, é preciso mais tempo para trabalhar uma equipa em que entraram tantos jogadores novos: “Há 19 novos jogadores. Quando assim é, a equipa não pode estar aquém das expectativas.”, disse o líder do balneário leonino referindo-se claro está às declarações de Godinho Lopes, esta semana, que afirmou que a equipa está abaixo do esperado pelos adeptos.
“Quando fui contratado, assinei um contrato de dois anos. Não tenho a obrigação nem a exigência de ganhar nada. Vim para a mudança, este é um projeto de mudança”, continuou Domingos para depois relembrar ainda o passado recente do clube: “Em seis meses não vou ganhar nem perder tudo. Em oito anos o clube ganhou um campeonato e uma taça, deem-nos tempo”, sublinhou o treinador ex-Sporting de Braga.
O clube do Minho foi também tema de conversa na conferência de imprensa. Segundo Domingos Paciência, Hugo Viana e Mossoró fizeram comentários provocatórios, dizendo “toma”, no final da partida entre Braga e Sporting, que terminou com a vitória dos da casa por 2-1, na última jornada disputada da Liga Zon Sagres. O treinador do clube de Alvalade diz preferir lembrar-se dos dois jogadores como “campeões”, mas acaba por lamentar a falta de gratidão de ambos, relembrando que Hugo Viana era suplente em Valência, antes de relançar a carreira em Braga, e Mossoró era apenas um suplente utilizado, no tempo em que Jorge Jesus comandava a equipa, antes de ir para o Benfica.
Para o futuro, Domingos deixou ainda um concelho a alguns adeptos: “Temos de mudar muita coisa se quisermos voltar a ser grandes”, referiu, direcionando críticas para alguns ilustres sportinguistas: “Vejo médicos, fadistas e carpinteiros a falar muito do Sporting. Não sei se o João Braga fez alguma coisa para que o fado hoje seja património da humanidade”, afirmou.
