O Infarmed descobriu um armazém com Artane e Varfine, dois medicamentos que não têm chegado às farmácias nas últimas duas semanas. O regulador abriu um processo de contra-ordenação contra uma empresa de distribuição.
Afinal, há Artane e Varfine: não estão é nas farmácias. O Infarmed, alertado para a falta destes dois medicamentos, foi descobrir um armazém com “embalagens suficientes para suprir as actuais necessidades dos utentes”, como salienta mum comunicado enviado à agência Lusa. O regulador abriu um processo de contra-ordenação contra a empresa de distribuição.
Os incidentes começaram há cerca de duas semanas, quando a autoridade do medicamento começou a receber reclamações, quer de utentes, quer de farmacêuticos, devido à indisponibilidade do Artane, um adjuvante no tratamento de todas as formas de parkinsonismo, e do Varfine, um fármaco com propriedades anticoagulantes e essencialmente utilizado na prevenção do tromboembolismo e tromboses.
O Infarmed entrou em contacto com a empresa responsável pela distribuição dos referidos medicamentos no mercado nacional, tendo recebido a resposta de que o problema ficaria solucionado antes de segunda-feira. Como as dificuldades no abastecimento subsistiam, o regulador avançou para uma acção de inspeção junto do armazém do distribuidor, no qual encontrou “embalagens suficientes para suprir as actuais necessidades dos utentes”.
Para além da contra-ordenação social por violação da obrigação de notificação da ruptura de ‘stock’, a empresa terá de “iniciar de imediato” o abastecimento do mercado com os fármacos guardados. Devem começar “gradualmente a chegar às farmácias embalagens destes produtos” para que “se retorne à situação de regular abastecimento no mercado nos próximos dias”, salienta a nota do Infarmed.
Os responsáveis pela empresa vão ser convocados com carácter de urgência para prestar esclarecimentos sobre o incidente. Os responsáveis pela empresa que detém a autorização de introdução no mercado destes dois medicamentos também terão que prestar explicações.
