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Dois administradores mantêm salário com hospital de Cascais fechado há dois anos

ministerio_saudeDois gestores do Conselho de Administração do Hospital de Cascais continuam a ser remunerados, apesar de a unidade de saúde ter encerrado as portas há dois anos. O Ministério da Saúde foi surpreendido com este caso, que herdou do anterior executivo. No total, os administradores auferem 6000 euros mensais líquidos. Pior de tudo: apesar de nada ética, trata-se de uma situação legal.

Foram-se as macas, os doentes, os médicos, os equipamentos. Tudo, exceto dois administradores do Hospital de Cascais. A unidade está encerrada há dois anos, sem que fossem suspensos os pagamentos de salários.

Os dois gestores do Conselho de Administração continuam encarregados de tratar da liquidação do património, o que se arrasta e apanhou o atual Governo de surpresa. O fim das remunerações prende-se com mecanismos legais que têm de ser cumpridos.

Apesar de o Hospital de Cascais estar fechado as portas há dois anos, terá de ser publicada uma portaria de extinção – procedimento que o atual executivo já desencadeou. Essa portaria já foi enviada para o Ministério das Finanças e aguarda a publicação no Diário da República.

Depois de cumprida esta etapa, o centro hospitalar (que integra o Hospital de Cascais e outra unidade de saúde em Carcavelos) ficará definitivamente extinto. No entanto, a remuneração aos gestores não cessa: os administradores terão legalmente direito a manter o salário durante 60 dias.

Isto significa que a remuneração atual está dentro da lei, porque o anterior Governo deixou o processo a meio e o atual executivo aguarda publicação da portaria. Certo é que os dois administradores deixaram de o ser há dois anos e receberam, cada um, cerca de 60 mil euros, neste período. Cargo: administradores de um centro hospitalar que não existe.

Em declarações à TVI, um dos gestores considera a situação “normal” e não estranha que o anterior Governo tivesse deixado a situação arrastar-se.

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