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Doente morre após ser recusado em quatro hospitais por falta de camas

Um doente com uma infeção pós-operatória, contraída no Hospital das Caldas da Rainha, acabou por morrer após ver a admissão recusada em quatro hospitais, avança o Diário de Notícias. O motivo alegado para as recusas foi a falta de camas.

Um homem de 60 anos, depois de operado no Centro Hospitalar do Oeste (Hospital das Caldas da Rainha),devido à suspeita de possuir um cancro raro, morreu devido a uma infeção pós-operatória. Só que, avança o Diário de Notícias, o paciente terá visto a admissão recusada em quatro hospitais com o argumento da falta de camas.

Os médicos das Caldas, confrontados com a infeção pós-operatória, optaram por colocar o doente numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), a qual não existe no hospital onde havia sido operado.

A transferência do doente falhou em quatro unidades hospitalares: Santa Maria (Lisboa), Loures, Santarém e Leiria recusaram a admissão alegando falta de camas, segundo o DN.

O homem acabou por dar entrada no Hospital de Abrantes cerca de quatro horas após a primeira operação. Ficou internado semana e meia e submetido a mais duas intervenções cirúrgicas, mas acabou por falecer na passada segunda-feira.

Entrevistado pelo DN, o médico que operou o paciente lembrou que a UCI é uma reclamação antiga e nunca atendida no Centro Hospitalar do Oeste. Pedro Coito acrescentou que a inexistência de uma UCI é uma violação da lei nos casos em que o hospital possui uma urgência médico-cirúrgica, como acontece nas Caldas da Rainha.

Para o bastonário da Ordem dos Médicos, o problema está no corte do número de camas: “é frequente as UCI estarem cheias, estão subdimensionadas em altura de infeções respiratórias”.

De acordo com uma fonte do gabinete do ministro da Saúde que a Lusa cita sem identificar, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), o Centro Hospitalar do Oeste e o Centro Hospitalar do Médio Tejo (Hospital de Abrantes) já anunciaram as aberturas de um processo de averiguação ao incidente.

A família, segundo o DN, aguarda por um relatório do Centro Hospitalar do Oeste para decidir se avança com uma queixa judicial contra a unidade hospitalar e/ou a conduta clínica do cirurgião Pedro Coito.

Citado pelo mesmo jornal, Pedro Coito, que preside ao Colégio de Cirurgia da Ordem dos Médicos, assegurou que a cirurgia foi limpa e que o problema terá surgido em pós-operatório.

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