TV

Doença proíbe jovem de dormir durante uma semana

Por ordem médica, Jessica Greaney passou uma semana inteira acordada. A jovem de 18 anos colocou uma lente de contacto infetada e a cada dez minutos tinha de colocar um colírio. “Ao quarto dia sem dormir já estava louca”, admitiu a paciente.

As lentes de contacto, embora seguras, não são imunes a problemas. Ainda assim, o caso de Jessica Greaney tornou-se viral por ser raríssimo.

Esta jovem de 18 anos colocou uma lente que, sem ela o saber, estava contaminada com um parasita.

Os primeiros sintomas, uma comichão e uma irritação na pálpebra, foram desvalorizados. Mas, quando o ‘bichinho’ começou a comer-lhe a córnea, a situação tornou-se bem mais grave.

Para piorar, na primeira consulta no hospital foi-lhe diagnosticada uma úlcera. Durante uma semana, a medicação (para a úlcera) não fez qualquer efeito.

“No final dessa semana, o meu olho estava a explodir parecia uma enorme bola vermelha de golfe. Estava inchado e era tão doloroso que fui admitida de urgência no hospital”, recordou Jessica Greaney, ao recordar o caso para o The Tab.

Os sintomas estavam tão avançados que os médicos fizeram uma raspagem e cultura de pele, descobrindo (finalmente) o problema: um parasita, Acanthamoeba Keratitis, estava alojado no olho e preparava-se para ‘almoçar’ a córnea.

Em vez de um tratamento, Jessica Greaney teve de realizar “uma tortura”: para impedir o parasita de ‘entrar’ pelo olho, a jovem tinha de manter uma irrigação constante com um colírio. Só que esse “constante” significava uma aplicação de gotas a cada dez minutos, tornando impossível que ela dormisse.

E o tratamento tinha a duração de uma semana…

“Passei uma semana sem dormir, não foi muito diferente da tortura chinesa da água. Ao quarto dia já estava a enlouquecer, chorava a cada cinco minutos porque a situação não mudava. O parasita continuava a comer-me o olho e o meu sistema imunitário estava a desligar-se por falta de sono”, recordou a jovem.

Mas até as torturas têm fim. Passados esses sete dias, Greaney teve alta, embora com uma condição: tinha de continuar a usar o colírio 21 vezes por dia, até o inchaço e a vermelhidão desaparecerem por completo.

Já curada, a jovem procurou uma explicação para o sucedido. A contaminação terá ocorrido numa altura em que pousou as lentes de contacto no lavatório.

“Eu não sabia, mas a água da torneira tem toneladas de bactérias diferentes. A Acanthamoeba é apenas uma delas”, salientou Jessica Greaney, que tem agora como ocupação “sensibilizar todas as pessoas que usam lentes de contacto para os perigos de doença grave, paralisia e até de morte”.

Em destaque

Subir