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Documentário revela o horror por detrás dos cães pequenos para ‘levar na carteira’

Um documentário da BBC3 mostrou a realidade das ‘fábricas de cachorrinhos’ que produzem as raças da ‘moda’. E a realidade nada tem de bonito…

O ponto de partida para o trabalho foi o assustador número de cães de tamanho reduzido – para caberem numa mala de tiracolo – que foram importados no Reino Unido só no ano passado: mais de 70 mil!

Este documentário foi ver como os animais são criados em autênticas fábricas de cães ‘portáteis’.

As cadelas vivem aprisionadas em jaulas minúsculas, geralmente em posição de cópula e são injetadas com hormonas para terem o cio com mais frequência.

As más condições de vida levam a que as cadelas produzam crias doentes, que na maioria morrem antes de completarem 6 meses de vida.

Os cachorrinhos são retirados à mãe e colocados para exportação por volta das 4 semanas de vida.

São raras as cadelas que vivem para além dos 3 ou 4 anos. “Têm de ser abatidas porque estão exaustas”, disse uma fonte ligada ao processo, sob anonimato: “São tratadas como galinhas num aviário, nem chegam a fazer ideia da aparência dos humanos. Isto não é forma de tratar o melhor amigo do Homem”.

A autora do documentário, Grace Victory, refere que este “negócio de milhões” tem um circuito bem definido: “Há ‘fábricas’ na Irlanda que produzem cachorrinhos a cada dia que passa. Se a carne fosse processada para comida era um escândalo, mas como não é para alimentação já ninguém dá importânica. A Irlanda é o centro industrial e o Reino Unido é a loja”.

Muitos dos cachorrinhos nem sequer chegam a entrar com vida no Reino Unido, morrendo a caminho vítimas da desidratação ou do fraco sistema imunitário.

A culpa, insinua o documentário, é das celebridades que se fazem fotografar com cães de porte pequeno na carteira, como a norte-americana Paris Hilton e a inglesa Zoe Sugg (conhecida nas redes sociais como Zoella).

Raças como pug, buldogue francês e dachshund são as mais procuradas.

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