Sente uma dor intensa? Diga um palavrão. No entanto, tenha cuidado com a dosagem: se tem por hábito utilizar esse tipo de vocabulário não consegue resultados tão positivos. A pesquisa foi apresentado numa conferência da British Psychological Society, na Escócia.

Será que as regras da boa educação podem ter de ser alteradas, em nome do bem-estar?

Dizer um palavrão não é, necessariamente, uma prova de má educação, mas antes um sinal de dor e de… inteligência perante esse sintoma.

Dois investigadores avançaram para os testes: encheram dois baldes de água gelada e pediram a 71 voluntários maiores de idade que colocassem as mãos no seu interior. Aqueles que diziam palavrões conseguiam aguentar mais tempo.

No entanto, não aguentavam tanto tempo quanto os voluntários que (apesar de insultarem meio mundo) não costumavam utilizar esse tipo de vocabulário, por hábito, no seu dia a dia. Logo, concluíram que o palavrão é mais eficaz em quem não recorre a ele todos os dias.

O estudo é da autoria de Richard Stephens e de Claudia Umland, cientistas da Keele University, localizada na cidade inglesa de Newcastle.

Estes investigadores partiram de uma pesquisa anterior, na qual já tinham chegado à mesma conclusão.

“Eu não defenderia o uso do palavrão como parte de um tratamento médico de controlo da dor. Mas o estudo indica que deveríamos ser mais tolerantes em relação a pessoas que usam esse vocabulário quando sentem fortes dores”, sustenta Richard Stephens.