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Divulgação do conteúdo do exame de Português leva alunos a pedir anulação da prova

escolasReforçam-se as suspeitas de divulgação dos conteúdos dos exames de Português de 12.º ano, que de acordo com o Público não se restringe a estudantes de Guimarães e Fafe. O SMS circulou em estudantes de escolas secundárias de Braga e há quem exija agora a repetição do exame.

A edição de hoje do Pública dá conta de testemunhos de alunos de escolas de Braga, que denunciam a circulação da mensagem de telemóvel, que divulgava o teor dos exames nacionais de Português. Esse SMS permitiu que alguns alunos pudessem rever apenas a matéria em causa, o que provoca revolta nos restantes estudantes.

E são milhares que estão revoltados, exigindo agora a repetição do exame nacional de Português, de 12.º ano, a que mais de 71 mil alunos foram sujeitos, na passada segunda-feira. O Público cita alunos que mantêm anonimato, mas asseguram que lhes foi enviado o SMS, antecipando o conteúdo do exame de Português.

Alguns alunos levaram o assunto a sério e prepararam-se apenas para responder a questões do Canto VI de ‘Os Lusíadas’, de Luís de Camões – a matéria que constava do teste de conhecimento e que foi alvo da fuga de informação. Outros estudantes julgaram tratar-se de uma brincadeira e não deram importância ao assunto.

Certo é que todos eles puderam comprovar, no dia do exame, que o teste de Português foi alvo de quebra de sigilo. De resto, o Ministério da Educação já está a proceder a investigações, para perceber qual foi a origem desta fuga, que trespassou diversas escolas secundárias – até ao momento, todas do distrito de Braga.

A mensagem de telemóvel foi-se difundindo entre diversas escolas, 48 horas antes do exame de Português, e alguns alunos relataram àquele diário que dezenas de estudantes tiveram acesso à informação.

O problema levanta questões que envolvem as autoridades, já que a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública têm a missão de salvaguardar o secretismo dos exames nacionais. Estas forças policiais entregam os enunciados encerrados em envelopes lacrados nas escolas.

Posteriormente, os testes são colocados em local seguro, encerrados num cofre, sendo que apenas passam a estar disponíveis aos professores no ato da entrega aos alunos, minutos antes dos exames.

Todos os modos de comunicação com o exterior são vedados aos alunos e professores, sendo que, depois de concluídos os exames pelos alunos, as autoridades voltam ao local para recolher as provas.

Neste método que é comum e se repete em todas as escolas, algo falhou. O exame foi realizado na passada segunda-feira, com mais de 71 mil alunos a prestarem conhecimento, em todo o país.

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