Desporto

“Ditatorial e antidemocrático”, dizia Bruno em 2013 sobre rejeição de Assembleia

A mesa da Assembleia-Geral do Sporting convocou uma assembleia para o dia 23 de junho no sentido de destituir a direção de Bruno de Carvalho, que já prometeu tentar evitar, dentro da legalidade, esta reunião magna. Perante este cenário, na Internet são recordadas palavras de Bruno de Carvalho que, em 2013, num cenário semelhante, apelidava a direção de Godinho Lopes de um ato “ditatorial e antidemocrático” em não querer avançar para uma Assembleia-Geral Extraordinária.

Então candidato a presidente, Bruno de Carvalho partilhava no Facebook (e enviava para a imprensa) um longo parecer jurídico onde deixavas críticas à direção de Godinho Lopes, que tentava impedir a realização de uma Assembleia-Geral Extraordinária (AGE).

“O essencial é e será sempre dar a voz aos sportinguistas e acreditar sempre na sua capacidade de decidir o que é melhor para o clube”, começava por explicar Bruno de Carvalho, em 2013.

Bruno de Carvalho criticava ainda aquilo a que chamava de “um conjunto de manobras dilatórias para tentar evitar dar voz aos sócios, o que é indigno e inadmissível”.

Na altura, recorde-se, um grupo de associados tinha recolhido assinaturas para a realização de uma AGE a 6 de janeiro de 2013.

Porém, Godinho Lopes, a sua direção e a mesa da Assembleia-Geral recusavam a realização da AGE.

Sobre os prazos, na altura, Bruno de Carvalho criticava e deixava reparos.

“Só pode não ter tido a celeridade exigida por lhes terem sido dadas instruções em contrário e quiçá alguma coação para que assim o fizessem, a que têm de obedecer para não verem em perigo os seus postos de trabalho, num período de tanta dificuldade económica”.

Na altura, Bruno de Carvalho era o principal rosto da oposição a Godinho Lopes e não tinha dúvidas em fazer o retrato do que se passava, a seu ver, no clube verde e branco.

“Perante este estado ditatorial e antidemocrático que se quer instaurar no Sporting Clube de Portugal, não podemos ficar calados e temos que manifestar bem alto a nossa indignação”, referia Bruno de Carvalho.

Em 2013, a direção de Godinho Lopes avisava para os custos que a realização de uma AGE tinha e, na altura, Bruno de Carvalho criticou que os sócios tivessem de suportar um valor monetário para uma reunião no clube.

Agora, em 2018, a direção de Bruno de Carvalho considera que a mesa da Assembleia-Geral não tem poderes para marcar uma assembleia e avisa que avançar para uma AGE é lançar “uma bomba atómica” no clube.

“Os serviços do Sporting prestarão o apoio técnico quando forem verificados os pressupostos legais para a realização da AG; quando forem verificadas as assinaturas que constam no requerimento e que nunca foram mostradas; quando for efectuado o depósito em conta, por parte dos requerentes, para garantir os custos dessa mesma AG”.

Na sequência de uma reunião dos órgãos sociais do Sporting na passada quinta-feira, no estádio de Alvalade, o presidente da Assembleia-Geral, Jaime Marta Soares, anunciou a marcação de uma reunião de sócios, com o objetivo de destituir o Conselho Diretivo, para o próximo dia 23 de junho.

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