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Dissidente cubano libertado após duas semanas na prisão

O dissidente cubano José Daniel Ferrer, líder da União Patriótica de Cuba, foi libertado hoje depois de passar duas semanas em prisão preventiva, acusado de “tentativa de assassínio” de um oficial da polícia.

Em declarações por telefone a jornalistas em Miami (na Florida), pouco depois da libertação, Ferrer queixou-se das condições da sua detenção e afirmou que foi submetido a “torturas psicológicas”, denunciando as más condições da cela e um “interrogatório contínuo”.

O dissidente disse que receia ser preso de novo e assegurou que se mantém a acusação de “tentativa de homicídio” a que se juntam outras, que resultam da sua atividade nos últimos anos.

Ferrer, 48 anos, foi detido no passado dia 03 de agosto depois de um incidente com o seu automóvel e com um agente da polícia política em Palmarito de Cauto, leste de Cuba.

Na acusação do Ministério Público, divulgada pela imprensa estatal cubana, consta que Ferrer lançou o carro contra o polícia, que apesar de tentar evitar o impacto, acabou por ser atingido com uma pancada num braço.

O líder da União Patriótica de Cuba, que na altura do ocorrido viajava com o seu motorista e colaborador, Ebert Hidalgo, libertado há três dias, disse hoje que o polícia se colocou à frente do veículo quando acelerou e não teve tempo de alterar a manobra.

Ferrer prometeu continuar a sua luta, agradeceu a solidariedade que recebeu enquanto esteve detido e pediu que não sejam esquecidos os “cem presos políticos” em Cuba que, segundo disse, estão como se estivessem em “campos de concentração”.

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