O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que ainda há uma hipótese da Grécia abandonar o euro. A diretora Christine Lagarde confia que os trabalhos em curso serão suficientes para estabilizar a moeda única, mas ressalva que “ainda falta resolver várias coisas” para que a Grécia seja salva.

A Grécia continua a ser o problema mais grave da moeda única. A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, concedeu uma entrevista ao conhecido programa “60 minutos”, da CBS (que só será emitido amanhã nos EUA), a justificar os trabalhos efetuados nos países ‘auxiliados’, sendo que o caso helénico se tem mantido como o cenário mais instável.

Para a responsável máxima do FMI, ainda existe uma hipótese da Grécia entrar em incumprimento, o que teria como consequência a saída do país da moeda única. “Ainda falta resolver várias coisas e isso é o que acontece na maioria dos Estados do sul da zona euro, mais a Irlanda”, complementou Lagarde, admitindo que uma eventual bancarrota helénica iria conduzir os restantes parceiros a expulsarem o país do euro.

Para além da diretora do FMI, o próximo “60 minutos” vai ter uma entrevista com Wolfgang Schäuble, o ministro da Finanças alemão. Para este governante, a comunicação social da Grécia está a tentar converter a Alemanha no ‘bode expiratório’ dos problemas que afetam a moeda única.