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Diretor do turismo angolano vai recomendar ao Governo acelerar lei de jogos

O diretor nacional do Ministério do Turismo de Angola disse hoje à Lusa que vai recomendar ao Governo angolano que acelere o processo da lei de jogos no país, a exemplo de Macau, a capital mundial do jogo.

“Uma das recomendações que vai constar no relatório da delegação angolana é acelerar o processo da lei de jogos em Angola porque todos os dias a delegação angolana ia visitar casinos e vimos a loucura do quanto se gasta dinheiro e do quanto se ganha dinheiro”, afirmou à Lusa Jorge Manuel Calado, à margem do encerramento do “Colóquio sobre Turismo, Convenções e Exposições para os Países de Língua Portuguesa”, em Macau.

“Vou transmitir aos meus colegas do Ministério das Finanças, das Lotarias de Angola e da Casa de Jogo que é preciso criar, estudar, sensibilizar e fazer com que os jogos sejam, de facto para Angola, um desenvolvimento económico”, frisou o responsável angolano.

Desde 23 de abril, delegações dos oito países lusófonos estiveram reunidas em Macau para participar no “Colóquio sobre Turismo, Convenções e Exposições para os Países de Língua Portuguesa”, organizado pelo Fórum de Macau.

Nestas duas semanas de formação, Jorge Manuel Calado faz um balanço muito positivo da estadia no território asiático: “vou levar para Angola a experiência que Macau transmitiu principalmente da inovação do turismo e no turismo de jogos”.

O diretor nacional do Ministério do Turismo de Angola ressalvou que, apesar de o país já ter “alguns casinos que funcionam a meio gás”, a aposta no turismo de jogo “dará ao país benefícios lucrativos altos”.

Macau, capital mundial do jogo e único local da China onde os casinos são legais, teve receitas de 302.846 milhões de patacas (32.796 milhões de euros) através do jogo e recebeu 8 milhões de turistas.

A visita ao território por parte da delegação angolana foi por isso importante para articular planos de formação de quadros na área do turismo.

“Foi bom estar em Macau 15 dias porque uma das questões que Angola precisa é a formação de quadros” e “a formação de quadros em Macau é muito alta, o turismo interno é elevadíssimo”, destacou Jorge Manuel Calado.

Outro dos destaques das duas semanas da estadia dos representantes lusófonos foi a sessão de apresentação dos produtos turísticos dos países de língua portuguesa, que decorreu na 7.ª Expo Internacional de Turismo de Macau.

Este ano, o evento contou com 835 expositores, com todos os países lusófonos presentes, e com o dobro da área de exposição de 2018, atingindo os 22.000 metros quadrados.

Em 26 de abril, cada um dos oito países lusófonos teve a oportunidade de realizar uma apresentação sobre as mais-valias turísticas que os países têm para oferecer.

Três dos pontos destacados pelos representantes lusófonos foi o reforço do intercâmbio entre as universidades, a concretização de planos ao nível da formação e as oportunidades para os países de língua portuguesa com a criação do “megamercado” da Grande Baía, uma metrópole mundial que junta nove cidades chinesas, Macau e Hong Kong, com cerca de 70 milhões de habitantes.

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