Diretor da McLaren defende que não se deve apressar o regresso da F1
Andreas Seidl é de opinião que não se deve desperdiçar testes ao coronavírus ou equipamento de proteção para apressar o regresso à atividade na Fórmula 1.
O diretor da equipa McLaren considera que se deve ser cauteloso, até porque eventos que signifiquem uma aglomeração de pessoas são algo que tão cedo não será possível.
“Há um ponto importante que é a aceitação pública de que os eventos voltem a acontecer. Penso que é importante voltar com as corridas quando chegar a altura em que há equipamento de proteção e o número de testes suficientes para toda a gente. E que esteja disponível para quem dele precise realmente, e não estejamos a desperdiçar testes e material só para voltar a correr”, defende Seidl.
O alemão que lidera a equipa de Woking refere ainda: “Acho que há um grande desejo das pessoas, do público, dos fãs, especialmente destes que estão em situação de confinamento, que os eventos desportivos voltem a acontecer, mesmo se for apenas na televisão. Mas mais uma vez há diferentes aspetos a serem considerados”.
Depois da situação verificada em Melbourne, em que um dos seus subordinados foi infetado com Covid-19 e levou ao cancelamento do Grande Prémio da Austrália, Andreas Seidl não tem dúvidas que a segurança do seu pessoal é essencial.
“A coisa mais importante é sempre proteger as nossas pessoas. Não podemos voltar a correr sem termos a certeza de que as pessoas estão seguras. Depois penso que dependerá das linhas diretrizes dos nossos países, em primeiro lugar, e depois das diretrizes sobre viagens”, argumenta o técnico germânico.
Para Andreas Seidl ainda se está longe de ter uma ideia do que irá acontecer: “Preciso saber se nos deixam viajar para fora e regressar aos nossos países. Precisamos de esperar pelos diferentes países para decidir se as corridas vão acontecer. Acho também que precisamos de ver o que os promotores decidem, porque, especialmente com as mudanças de datas para muitas corridas, os promotores têm de satisfazer as suas necessidades para fazer sentido do ponto de vista comercial e também do ponto de vista dos responsáveis de F1”.
