Nas Notícias

Diretor da campanha de Cavaco Silva nega financiamento ilegal do BES

Vasco Valdez Matias, diretor financeiro de Cavaco Silva na campanha às eleições presidenciais de 2011, considera que não houve nada de “ilegal” ou “menos transparente” nas contas daquela campanha, afirmou à Lusa.

O advogado referia-se a um alegado financiamento ilegal noticiado pela revista Sábado, segundo a qual o ex-Presidente terá beneficiado na campanha de “um esquema do Banco Espírito Santo” no valor de 253 mil euros, e que estará a ser investigado pelo Ministério Público.

O esquema basear-se-ia no financiamento através de cheques emitidos por altos responsáveis do BES, que depois teriam sido ressarcidos pelo próprio banco através de contas offshore, contornando assim a lei, que proíbe donativos de empresas. Os contributos individuais não podem exceder os 25600 euros e têm de ser feitos por cheque.

Segundo Vasco Valdez, “a candidatura recebeu os cheques, contabilizou-os e verificou a sua legalidade. A partir daí” – sublinhou – “nada mais lhe compete. A nossa função termina aí e nada mais nos compete averiguar”.

O advogado também considera que, para a candidatura, “não houve qualquer violação da legislação de financiamento”, nem o ressarcimento é um seu problema. “Não conseguimos saber a origem dos donativos”, declarou ainda à Lusa, considerando-se “muito tranquilo”.

Por sua vez, o gabinete de Cavaco Silva fez saber que o ex-Presidente remetia as explicações para o que havia escrito em 2017 no seu livro “Quinta-feira e outros dias”.

No livro, Cavaco Silva escreve que foram Eduardo Catroga e Ricardo Baião Horta quem se encarregou do financiamento da sua campanha “no estrito cumprimento da lei”.

“Foi um apoio que muito valorizei, porque, pessoalmente, sempre tive uma forte aversão a pedir dinheiro para campanhas eleitorais. Nunca o fiz ao longo da minha vida política”, reitera.

Em destaque

Subir