Em Portugal “não há” Direitos Humanos, garante Mário Soares. Ao intervir numa conferência da Amnistia Internacional, o antigo Presidente considera não ser possível abordar o tema quando “o povo não tem dinheiro para comer e os filhos vão ao caixote do lixo”.
Num país em crise, “não há Direitos Humanos” e Portugal não foge à regra, defendeu hoje Mário Soares.
Ao intervir numa conferência organizada pela Amnistia Internacional, o antigo Presidente da República foi claro na opinião que deixou: “neste momento não há Direitos Humanos em Portugal”.
Isto acontece, argumentou o político, porque o Governo privilegia “o dinheiro e os mercados”, tendo mesmo desistido de “falar com o povo”.
“Este Governo nunca falou em Direitos Humanos, como nunca falou com o povo”, afirmou Mário Soares, chegando mesmo a precisar a quem apontava o dedo: “desde o Presidente da República aos membros do Governo”.
“A grande maioria do povo português está contra o executivo”, reforçou, pelo que os governantes “são vaiados cada vez que saem à rua”.
Ao pensar apenas “em dinheiro e mercados”, o Governo ignora o povo e só faz “asneiras”, reforçou ainda o histórico socialista.
Devido a essas “asneiras”, continuou Soares, “a grande maioria do povo não tem dinheiro para comer e os filhos vão ao caixote do lixo”.
O antigo Presidente evocou ainda “a quantidade de gente inteligente que desapareceu das universidades”, cumprindo a ‘sugestão’ do Governo e emigrando
O antigo chefe de Estado terminou a citar o Papa Francisco: “a austeridade mata”.