O Sporting pode processar os antigos dirigentes do Sporting. Em Assembleia Geral, os sócios aprovaram uma moção para o Conselho Diretivo agir a nível cível e criminal contra Godinho Lopes, Luís Duque, Nobre Guedes e Carlos Freitas.

Uma esmagadora maioria – 91 por cento – dos sócios do Sporting presentes na Assembleia Geral aprovou uma moção para que os atuais dirigentes processam os anteriores por má gestão.

Em causa estava a vontade de Bruno de Carvalho em processar Godinho Lopes, Luís Duque, Nobre Guedes e Carlos Freitas, com base na alegada má gestão que levou o Sporting a registar a pior classificação de sempre no campeonato: o sétimo lugar.

Alguns sócios defenderam que o apuramento de responsabilidades devia ser feito ‘em casa’, nomeadamente pelo Conselho Fiscal (CF), antes de um eventual recurso aos tribunais, mas em vão.

Com a aprovação da proposta, o Conselho Diretivo (CD) ficou mandatado para agir, a nível cível e criminal, contra os antigos dirigentes Godinho Lopes, Luís Duque, Nobre Guedes e Carlos Freitas.

De acordo com a RTP, os atuais dirigentes ficam salvaguardados de posteriores ações movidas pelos visados, caso sejam ilibados em tribunal numa futura ação movida pelo CD.

Bacelar Gouveia, presidente do CF, admitiu que esses quatro sócios podem ser expulsos caso sejam condenados em tribunal. Porém, tal expulsão só poderá ocorrer após o parecer do CF e votada em Assembleia Geral.

Na AG, Bruno de Carvalho citou a auditoria às contas do mandato de Godinho Lopes para revelar que o antecessor no cargo enviara uma carga, para o FC Porto, que fez o Sporting prescindir de receber a cláusula de solidariedade (no valor de um milhão de euros) prevista para uma eventual venda de João Moutinho (como veio a acontecer), referente a direitos de formação.

Por braço no ar foram votados e aprovados os restantes pontos da agenda, com destaque para o relatório e contas do exercício 2013/14 (por unanimidade) e a construção do novo pavilhão das modalidades (apenas dois votos contra).