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Diplomatas cubanos boicotam com gritos ação dos Estados Unidos nas Nações Unidas

Diplomatas cubanos boicotaram hoje com gritos e pancadas nas mesas um evento organizado pelos Estados Unidos da América na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para denunciar a situação dos presos políticos na ilha.

A delegação cubana, que pediu às Nações Unidas para cancelar a iniciativa por considerar que violava as normas da organização, surgiu na sala e impediu que a ação decorresse com normalidade.

Os participantes na cerimónia, incluindo a diplomata norte-americana Kelley Currie e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, efetuaram os seus discursos, mas estes mal se ouviam no meio dos gritos de “Cuba sim, bloqueio não” e de pancadas nas mesas.

Kelley Currie, a representante dos Estados Unidos no Conselho Económico e Social da ONU, viu o seu discurso ser várias vezes interrompido pela embaixadora de Cuba nas Nações Unidas, Anayansi Rodriguez, que efetuou o seu próprio discurso ao mesmo tempo e sem microfone.

“Nunca na minha vida vi diplomatas a comportarem-se como a delegação cubana fez hoje”, disse Kelley Currie, referindo que o Governo de Havana deve estar “envergonhado” com este “comportamento provocador”.

A representante permanente de Cuba na ONU acusou os Estados Unidos de tentarem usar “o nome e emblema” da organização num ato “contra um Estado-membro, simulando apoio internacional para a sua campanha falaciosa”.

“Os Estados Unidos não têm moral para dar lições e muito menos nesta matéria,” disse Anayansi Rodriguez, denunciando, entre outras coisas, a tortura na base de Guantanamo e “a detenção de imigrantes, incluindo crianças”.

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