Economia

Diogo da Silveira deixa hoje presidência executiva da Navigator

Diogo da Silveira deixa hoje a presidência executiva da The Navigator Company, depois de ter manifestado a vontade de não ser eleito para novo mandato, sendo substituído por João Castello Branco, ‘chairman’ da empresa, até designação de novo presidente.

Diogo da Silveira, que liderava a Navigator desde 2014, cessa hoje funções na Navigator, depois do grupo de pasta e papel ter atingido em 2018 os melhores resultados de sempre.

A saída do gestor acontece no dia da assembleia-geral anual de acionistas do grupo, que conta com oito pontos na ordem de trabalhos, entre os quais a eleição de corpos sociais para o quadriénio que termina em 31 de dezembro de 2022, como também a aprovação das contas de 2018.

De acordo com um comunicado da empresa (antiga Portucel), de 13 de fevereiro último, “Diogo da Silveira, administrador e presidente da comissão executiva desta sociedade, manifestou a vontade de não ser eleito para o novo mandato do Conselho de Administração, que se inicia este ano”.

Diogo da Silveira entendeu que “se concluiu agora com êxito o mandato que lhe havia sido definido em 2014 no sentido do rejuvenescimento e diversificação da Navigator”, lê-se no do comunicado da altura.

A administração expressou, na altura, “os seus agradecimentos […] pelos resultados obtidos pela companhia e pelo trabalho realizado ao longo do mandato, com realce para o processo de diversificação da sua atividade e para a transformação e modernização da Navigator a nível do seu quadro de colaboradores, imagem e métodos de gestão”.

Cabe agora a João Castello Branco, ‘chairman’ da Navigator, assumir a presidência executiva “entre a data da assembleia geral e a data da designação de um novo presidente para a comissão executiva”.

No relatório individual de 2018 da The Navigator, Diogo da Silveira faz um balanço de 2018, o qual “ficou tristemente marcado pelo falecimento” de Pedro Queiroz Pereira, na altura ‘chairman’ e acionista de referência.

“Ao longo deste ano [2018] ocorreram ainda outros factos desfavoráveis, totalmente inesperados, que só conseguimos ultrapassar graças ao empenho das nossas equipas”, refere Diogo da Silveira, onde elenca a aplicação, em agosto, da taxa ‘anti-dumping’ de 37,34 por cento nas vendas de papel para os Estados Unidos entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017, a qual “graças ao esforço de várias equipas internas envolvidas na defesa da companhia” o valor foi reduzido em outubro para 1,75 por cento, ou ainda o impacto da tempestade Leslie na unidade da Figueira da Foz.

No ano passado, o lucro subiu 8 por cento para 225 milhões de euros, “os melhores de sempre”, tal como o volume de negócios, que aumentou 3,3 por cento para 1.692 milhões de euros. O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 13 por cento para 455,2 milhões de euros.

Entre os pontos na ordem de trabalhos da reunião magna de acionistas de hoje consta ainda o pagamento de um total de 200 milhões de euros em dividendos.

Os trabalhadores do grupo The Navigator Company iniciaram às 00:00 de hoje uma greve ao trabalho suplementar, paralisação que foi convocada pelos sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul – SITE Sul, e está prevista uma concentração no local onde decorre a assembleia-geral de acionistas, no hotel Ritz, em Lisboa.

Os trabalhadores da ATF em Setúbal, empresa do grupo The Navigator Company, estão em luta por aumentos salariais, direito ao pagamento de 11 feriados e 14 prevenções/ano, pela redução do horário de trabalho para 37,5 horas semanais e atribuição de cartão (vale) combustível mensal, segundo os sindicatos.

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