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“Dinamitar” a Frente Nacional “é tiro no pé”, reage o Le Pen pai

le pen familia Há nova batalha na guerra entre os Le Pen. Jean-Marie acusou a filha, que lidera a Frente Nacional, de querer “dinamitar” o partido. “É ela que está a dar um tiro no pé”, reagiu Le Pen, depois de Marine ter exigido a demissão do pai, presidente honorário do partido.

Depois do “suicídio político”, o “tiro no pé”. A guerra na família Le Pen continua a atingir a Frente Nacional, agora com o pai (e presidente honorário) a acusar a filha (e atual líder) de querer “dinamitar” o partido.

As acusações de Jean-Marie surgem como resposta às críticas de Marine, que vai impedir o pai de se apresentar como candidato às eleições regionais e forçou a direção do partido a exigir a demissão do presidente honorário.

“A senhora Le Pen está em vias de dinamitar a sua própria formação. Não sou eu, é ela quem se está a matar, é ela que está a dar um tiro no pé”, afirmou Jean-Marie, numa entrevista à RTL em que se declarou “perplexo” com os comentários da filha.

A guerra na família Le Pen tornou-se pública quando Marine, que lidera a Frente Nacional desde 2011, afirmou “Jean-Marie Le Pen parece ter entrado numa verdadeira espiral de terra queimada e suicídio político”. A cisão surgiu após a entrevista do Le Pen pai (que é eurodeputado) ao Rivarol (um semanário de extrema-direita) em que Jean-Marie defendeu a memória de Philippe Pétain, o marechal que liderou o regime colaboracionista francês com a Alemanha nazi.

Este ‘excesso de anti-semitismo’ levou Marine Le Pen, que tem feito a Frente Nacional crescer graças a uma linha (ligeiramente) mais moderada, a anunciar a ‘renúncia’ ao pai, numa decisão que a deixou com uma “tristeza profunda”.

O principal, agora, é “proteger os interesses políticos da Frente Nacional”, acrescentou a líder do partido, criticando o pai: “O estatuto de presidente honorário não lhe permite sequestrar a Frente Nacional com provocações grosseiras cujo único objetivo é prejudicar-me e que, lamentavelmente, atingem todo o movimento, os seus dirigentes, candidatos, militantes e eleitores”.

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