“O dedo da instabilidade chegou agora a Portugal, com o Governo, claro está, a propor a cura com mais austeridade”, resumiu o economista, no artigo ontem publicado no The New York Times, na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado em vigor.
Na opinião de Krugman, é em Portugal que a zona euro vai ‘testar’ as consequências da próxima etapa da crise europeia. Essa opinião será explicada em breve, prometeu: “se tivesse mais energia, iria mergulhar na próxima fase da crise europeia, mas vamos ter de esperar”.
O economista está apreensivo com a iminência de Portugal ter de ‘inventar’ as verbas para tapar as receitas chumbadas pelo TC, depois das normas referentes à suspensão do pagamento do subsídio de férias a funcionários públicos, aos contratos de docência de investigação e aos pensionistas e à criação de uma taxa sobre as prestações por doença e por desemprego terem sido declaradas inconstitucionais.
Ainda ontem, o primeiro-ministro garantiu que vai corrigir o Orçamento através da redução da despesa pública, em especial na segurança social, saúde, educação e empresas públicas, sem recorrer a um novo aumento de impostos.
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