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Dia de lembrar Jean Batten, a aviadora que inspirou as mulheres

Chama-se Jean Batten e nasceu há precisamente 107 anos. A Google não se esqueceu desta aviadora neozelandesa e com um doodle homenageia Batten, que conquistou os céus e inspirou mulheres em todo o mundo.

Nasceu no dia 15 de setembro de 1909. Se Jean Batten fosse viva, competaria hoje o 107.º aniversário. Razão mais do que suficiente para ser recordada, com um doodle da Google, que dá destaque a esta aviadora neozelandesa.

Nascida na cidade de Rotorua, filha de um dentista, Jean Batten tornou-se numa das personalidades neozelandesas mais célebres da década de 1930, não apenas dentro das fronteiras do seu país.

Em 1913, a família muda-se para Auckland. E em 1924 Batten matricula-se numa só para mulheres, em Remuera, onde estudou balet e piano. Embora fosse uma pianista talentosa, aos 18 anos Jean Batten decide tornar-se piloto, depois de uma viagem de avião com o piloto australiano Charles Kingsford Smith.

Em 1929, ela e a mãe mudam-se para Inglaterra, com a jovem a matricular-se na London Aeroplane Club.

Ainda jovem, estabeleceu um novo recorde de voos individuais em todo o mundo.

E esta aviadora assinou outro feito, notável, sobretudo para o seu tempo: em 1936, depois de duas tentativas falhadas, realizou o primeiro voo de sempre entre Nova Zelândia e Inglaterra.

A viagem durou 14 dias e 22 horas e superou o recorde do aviador inglês Amy Johnson, que precisara de mais quatro dias.

Ao conseguir este feito, afirmou que vivia “o melhor momento” da sua vida.

Jean Batten estabeleceu um novo paradigma, na forma como a sociedade de então olhava as mulheres. So a II Guerra Mundial a travou. Este conflito impediu Batten de voar.

Dedicou-se a dar palestras, mas viria a ser detida. Batten viveu em diversos países, sempre ao lado da mãe, até à morte desta, em 1965.

A vida de Jean Batten fica também marcada pela forma trágica como morreu, num hotel em Maiorca, Espanha. Depois de mordida por um cão, não quis receber tratamento médico e viria a morrer, em 1982, em resultado de complicações decorrentes desse ataque.

Não é em vão que o doodle da Google nos apresenta uma representação de Jean Batten ao lado de uma avioneta e com um gato ao colo: aquela viagem entre o seu país e Inglaterra, transportou o seu felino preto, Buddy, fiel amigo de aventuras.

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Um facto triste marca a sua morte. Por erros burocráticos, viria a ser sepultada numa cova anónima e os pais só tomaram conhecimento da morte cinco anos mais tarde.

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