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Dia da Terra, dia de assinar o Acordo de Paris

Nesta sexta-feira, celebra-se o Dia da Terra, data escolhida para a assinatura do Acordo de Paris, para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, já a partir de 2020. Hoje, tal como sucede em todos os dias 22 de abril, a Google assinala a efeméride.

No passado dia 12 de dezembro, 195 países e União Europeia chegaram a um histórico acordo para redução dos gases com efeito de estufa, em Paris. O compromisso ganhou o nome de ‘Acordo de Paris’, mas vai ser assinado nos EUA. Hoje, no Dia da Terra, em Nova Iorque, é assinado esse compromisso, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU).

São esperados em Nova Iorque cerca de 60 chefes de Estado, entre os quais o ministro português do Ambiente.

Depois da adoção do texto do Acordo de Paris, o processo segue para ratificação nacional, de acordo com as regras de cada um dos países subscritores. Poderá ter de passar pelos parlamentos, ou por simples decreto-lei.

O Dia da Terra foi criado em 1970 pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, com a finalidade de promover um protesto contra a poluição da Terra. Apesar dos esforços de diversas Organizações Não-Governamentais e de países e instituições internacionais, continua a fazer sentido celebrar o Dia da Terra.

A data que o senador e ativista ambiental Gaylord Nelson colocou no mapa, depois de um desastre petrolífero em Santa Barbara, na Califórnia (EUA), em 1969, pretendeu colocar no centro da discussão política o tema ambiental, com a proteção do Planeta Terra como inspiração dessas políticas.

O Dia da Terra, em 1970, ganhou grande adesão dos norte-americanos – mais de 20 milhões aderiram primeira celebração do Dia Mundial da Terra –, empenhados em defender o ambiente das agressões provocadas pela ação do Homem sobre o ambiente.

Naquela manifestação que está na origem do Dia da Terra (e que a Google assinala hoje com um doodle onde surgem diversos animais), participaram 2000 universidades e 10 mil escolas primárias e secundárias, bem como inúmeras comunidades locais. Foi a sociedade civil a exercer forte pressão sobre os políticos, na defesa do ambiente.

Um dos resultados deste fenómeno de consciencialização foi a criação, por exemplo da Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency), bem como a criação de diversas leis que tinham como fim a proteção do Planeta Terra.

Dois anos mais tarde, já com o mundo focado neste tema, realizou-se a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo. Na Suécia, tentou-se mostrar aos líderes mundiais teriam de colocar a defesa do Planeta Terra como pilar fundamental das suas políticas. Essa meta está por cumprir, em diversos países que, por exemplo, não ratificaram o Protocolo de Quioto.




O Dia da Terra assume-se como uma celebração popular de grande importância entre as populações, que, sobretudo elas, têm um papel a cumprir na defesa do meio ambiente e dos recursos naturais da Terra.

E por isso a Google criou um doodle para milhares de milhões de cibernautas, que utiliza a sua grandeza para recordar, alertar, sensibilizar, imortalizar e consciencializar os seus utilizadores. É uma política do gigante da Internet – de assinalar efemérides na sua página principal – que grande força junto dos cidadãos, os eleitores dos políticos que continuam a ignorar a defesa da Terra.

O Dia da Terra é hoje. Mas deve ser lembrado todos os dias, para que não sejamos agentes de destruição do palco que nos dá vida, persistentemente, apesar da reiterada contaminação do ar, dos solos, da água e da destruição de ecossistemas e o esgotamento de recursos não renováveis.

O Acordo de Paris parece reforçar o compromisso de defesa do meio ambiente.

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