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DGS diz que remoção de implantes da PIP “não é situação de emergência”

protese_pipA remoção dos implantes mamários da Poly Implant Prothèse – que poderá ser feita nos Hospitais da Universidade de Coimbra – “não é uma situação de emergência”, segundo revela ao Público a responsável Isabel Marinho Falcão, da Direção-Geral de Saúde. No entanto, esta entidade pondera lançar uma recomendação às portadoras de próteses com silicone desta marca.

Durante o dia de hoje, o Comité de Segurança da União Europeia vai reunir em França, para analisar o problema dos implantes mamários da Poly Implant Prothèse (PIP), marca que utilizou silicone industrial, inadequado para este tipo de cirurgias.

Só depois de conhecer as conclusões deste encontro será conhecida a posição da Direção-Geral de Saúde, que poderá fazer uma recomendação pública no sentido de aconselhar à remoção das próteses, por parte das portuguesas que fizeram implantes com silicone daquela marca.

Esta informação foi divulgada pelo jornal Público, que ouviu uma responsável da Direção-Geral de Saúde. Isabel Marinho Falcão refere que “não se trata de uma situação de emergência”, pelo que a entidade decidiu aguardar pelas conclusões da reunião de hoje.

“Vamos aguardar por mais dados, para decidir uma eventual recomendação para a retirada dos implantes”, afirmou Isabel Marinho Falcão ao jornal Público.

Há cerca de 2000 mulheres em Portugal, 30 mil em França, 40 mil em Inglaterra e 25 mil no Brasil. Em todo o mundo, estima-se que cerca de 500 mil mulheres tenham colocado próteses desta marca.

Há poucos dias, o Ministério Público francês revelou que o uso de silicone desadequado foi uma opção consciente da PIP. No entanto, esta marca tem como atenuante o facto de desconhecer os efeitos nocivos para as mulheres, o que atenua o quadro penal que a PIP poderá enfrentar.

As autoridades francesas, no entanto, apontam como prioridade – mais do que apontar culpados – defender a saúde das mulheres que introduziram implantes mamários da PIP.

As pessoas que recorreram a aumentos mamários estão a ser aconselhadas a consultar o seu médico, ou o cirurgião que procedeu ao implante. Mas, além de aconselhamento, as pacientes que já o fizeram recebem surpresa por parte dos médicos.

Os implantes mamários desta marca têm, na sua composição, elementos químicos prejudiciais para a saúde, utilizados em combustíveis e na indústria da borracha, segundo noticia a estação de rádio italiana RTL. Basylone, Silopren e Rhodorsil são as substâncias usadas, sem que tenham sido feitos ensaios clínicos.

As próteses PIP contêm um aditivo prejudicial para a saúde, que não foi alvo de nenhum ensaio clínico.

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