Há dez anos, Jack Dorsey publicou o primeiro tweet. O serviço cresceu e atingiu os 320 milhões de utilizadores, mas nunca gerou lucros e é um flop histórico da bolsa, baixando dos 70 para menos de 20 dólares por ação. E, ainda assim, “amamos o Twitter”, escreveu ontem o mesmo Jack Dorsey.

“Amamos o Twitter. Agradecemos pelos 10 anos incríveis”, twitou o co-fundador do serviço que se tornou famoso pelos 140 caracteres de extensão máxima.

Mas o que é o Twitter ao fim de uma década de existência? Um sorvedouro de dinheiro, essencialmente: o valor da empresa caiu 2000 milhões de dólares (1700 milhões de euros) ao longo destes anos.

Quando entrou na bolsa, em 2013, uma ação do Twitter valia 70 dólares, mas agora consegue comprar uma com uma nota de 20 dólares e ainda tem troco.

Só que o Twitter é também uma das redes sociais de maior sucesso ao nível de utilizadores, com mais de 320 milhões.

Os analistas não conseguem explicar como é que um serviço que passa das 5000 mensagens por dia (2006) para os 500 milhões (2013) continua sem ser rentável.

Mais difícil ainda de analisar é o impacto social do Twitter, em especial nos países onde as autoridades controlam os media. Basta lembrar que a recente Primavera Árabe ‘floresceu’ através das convocatórias com menos de 140 caracteres e que a quase totalidade dos vídeos e fotografias foram postas a circular através do Twitter.