Joaquim Oliveira, advogado de um dos arguidos do caso Urban Beach, confessa que o seu cliente se sente arrependido pela situação, mas sublinha que o caso deve ser contextualizado, já que os arguidos foram chamados ao exterior do estabelecimento para parar desacatos que tinham começado em frente à discoteca. “Quem devia estar ali era a polícia? Onde é que eles estavam?”, questiona.
O advogado falou aos jornalistas junto ao Tribunal de Instrução Criminal, onde os arguidos, detidos pela Polícia de Segurança Pública pelo alegado envolvimento na agressão a Magnusson Brandão Gomes, estão a ser ouvidos desde as 13:30 deste sábado.
“A PSP foi chamada e demorou mais de 40 minutos [a chegar ao local]”, explicou Joaquim Oliveira, depois de incitar que “quem devia estar ali era a polícia”.
As entrevistas dadas pelas vítimas, em que aparentemente surgem recuperados, foram também comentadas pelo advogado, dizendo que “se efetivamente os eventos que estão descritos nas imagens correspondessem aos factos, as vítimas não estariam do jeito que estão”.
Em declarações aos jornalistas no Campus da Justiça, um dos outros advogados dos arguidos sublinha que é necessário “olhar para o outro ângulo da história”, fazendo notar, ainda, que a situação em causa é a do vídeo, e não outras queixas registadas pela polícia durante este ano.
A terminar, realçou que o arguido “não quer ser Jesus Cristo, não quer expiar todos os pecados do mundo”.
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