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Detenção de Sócrates “não compete à política”, comenta Passos Coelho

passos coelho parl “Por enquanto”, a detenção de José Sócrates “não compete à política”, afirmou Passos Coelho. Evitando comentar “nesta altura” o caso que envolve o antecessor, o primeiro-ministro reconheceu que o caso “chama a atenção” por ser “tudo menos trivial”.

A detenção de José Sócrates “é tudo menos trivial”, reconheceu Passos Coelho, tentando não se alongar nos comentários.

Recorrendo a expressões como “por enquanto” e “nesta altura” para evitar formalizar uma opinião, o primeiro-ministro acabou por reconhecer que o caso envolvendo o ex-primeiro-ministro “chama a atenção”.

“Não é uma matéria que, por enquanto, diga respeito à política. É uma matéria que diz respeito à Justiça”, afirmou Passos Coelho.

“É a Procuradoria-Geral da República que deverá dar as explicações ao país que se impõem, e ao país compete aguardar”, complementou Passos Coelho.

O primeiro-ministro tentou frisar a separação de poderes para não revelar “estados de alma” sobre a detenção de José Sócrates: “O que é importante é que os portugueses saibam nesta altura que o país tem instituições fortes, que funcionam. O que é da Justiça à Justiça, o que é do poder executivo e do Parlamento cabe ao poder executivo e ao Parlamento”.

“Não é um bom serviço aquele que se possa prestar nesta altura ficando a comentar aquilo que nesta altura pertence à Justiça. (…) Não são assuntos sobre os quais devemos ter estados de alma”, reforçou ainda.

Embora sem referir o nome de José Sócrates, Passos Coelho utilizou o caso para contrariar o senso geral de que “os políticos em Portugal não são todos iguais”.

“Nós só alcançamos na vida, com esforço, aquilo que sonhámos e por que nos batemos, se à primeira dificuldade, com medo de perder as eleições, de desagradar seja a quem for, começamos a hesitar, a andar para trás. Então, nesse dia, os portugueses têm razão para pensar que somos todos iguais e desacreditam das suas instituições e desacreditam dos partidos políticos”, argumentou Passos Coelho.

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