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Despesas com habitação devoram reforma de três em cada quatro idosos, conclui CES

A reforma de grande parte dos idosos em Portugal só lhes permite suportar as despesas da habitação, conclui um estudo do Conselho Económico e Social. Portugal tem mais de dois milhões de idosos, sendo que 1,5 milhões auferem de reformas inferiores a 500 euros mensais.

Três em cada quatro idosos portugueses auferem de uma reforma que só permite suportar as despesas relacionadas com a habitação. A conclusão resulta de uma pesquisa divulgada hoje, da autoria do Conselho Económico e Social, intitulada ‘Envelhecimento da População Portuguesa: Dependência, Ativação e Qualidade’.

De acordo com o estudo – que teve como base informações recolhidas junto do Instituto Nacional de Estatística, entre os anos de 2010 e 2011 –, a pensão da maioria dos idosos não chega para as necessidades básicas.

Portugal tem mais de dois milhões de idosos, sendo que 1,5 milhões auferem de reformas inferiores a 500 euros mensais. Estima-se que, na melhor das hipóteses, apenas 15 por cento dos pensionistas da Segurança Social tenham rendimentos capazes de suportar gastos com alimentação e saúde, sendo que cresce o recurso a instituições de solidariedade, que estão em grande dificuldade e excessivamente dependentes do Estado, segundo o mesmo estudo do CES.

As instituições de solidariedade devem, assim, adotar estratégias, apostarem na inovação, para que consigam alargar o leque de fontes de financiamento, que lhes permita uma sustentabilidade, sem dependência do Estado.

“A sustentabilidade, a longo prazo, das instituições passará por uma conjugação poderosa de esforços, contemplando reformas nevrálgicas em dimensões diversas da sua atividade corrente”, conclui o estudo, que faz algumas recomendações ao CES.

Em primeiro lugar, tentar junto do Governo maiores “recursos afetos às IPSS”, bem como fortalecer o “apoio à família e o combate à pobreza, sobretudo dos idosos”. É necessária ainda uma melhor resposta dos serviços públicos às necessidades básicas da população idosa.

Esta pesquisa do CES, encomendada à Universidade Católica Portuguesa, foi cofinanciada pelo Programa Operacional Assistência Técnica do Fundo Social Europeu. Surge numa altura de crise, com a capacidade de resposta das instituições de solidariedade esgotada. E surge também com um aumento de tendência de envelhecimento da população.

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