Economia

“Desonra”: Durão Barroso na Goldman Sachs irrita funcionários europeus

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Os funcionários europeus lançaram uma petição para que Durão Barroso perca a reforma de ex-presidente da Comissão Europeia por “desonra face ao serviço cívico europeu e à União Europeia como um todo”.

Lentamente, a Europa vai reagindo ao novo futuro de Durão Barroso, o antigo presidente da Comissão Europeia (CE) que foi nomeado presidente não-executivo de operações internacionais da Goldman Sachs, tendo como principal função o aconselhamento do banco face ao ‘Brexit’ (a saída do Reino Unido da União Europeia).

Numa petição que tem por objetivo alcançar as 150 mil assinaturas (e faltam menos de 10 mil), os funcionários das instituições europeias exigem “medidas exemplares” contra o ex-presidente da CE, “cujo comportamento desonra o serviço cívico europeu e à União Europeia como um todo”.

Intitulada ‘Em nosso nome não’, a petição lembra que o novo patrão de Durão Barroso é o mesmo banco que “foi o mais implicado na crise do ‘subprime’ que conduziu à crise financeira de 2007-2007, a pior desde a Grande Depressão, e um dos bancos mais envolvidos na crise da dívida grega”.

As “práticas irresponsáveis” da Goldman Sachs no caso da Grécia são mesmo recordadas ao pormenor, pois o banco “ajudou a dissimular o défice antes de especular, em 2009-2010, contra o mesmo sabendo com conhecimento de causa que a dívida era insustentável”.

A aceitação do convite do banco por parte de Durão Barroso irritou profundamente os funcionários europeus, que lançaram então uma petição a exigir “medidas exemplares”, nomeadamente “a suspensão da reforma” a que tem direito pelo serviço na CE e “a suspensão de todos os possíveis títulos honorários com ligação a instituições europeias”.

A petição pode ser consultada aqui.

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