Portugal é o sexto país europeu com mais pessoas sem emprego. Desemprego em março situa-se nos 11,1 por cento, mantendo os níveis do primeiro trimestre do ano. Mas, segundo o Eurostat, aumentou em comparação com o mesmo mês de 2010. A União Europeia tem 22 milhões de desempregados.
Os dados mais recentes sobre o desemprego em Portugal permitem diversas leituras, mas a principal informação a retirar da análise divulgada pelo Eurostat é a estabilização da quantidade de pessoas sem trabalho, em comparação com os três primeiros meses de 2011.
A taxa manteve-se nos 11,1 por cento, depois de uma quebra ligeira em janeiro e fevereiro. “No primeiro trimestre de 2011 houve uma estabilização da taxa de desemprego, tal como acontece na Europa, o que era o resultado esperado pelo Governo”, revela o secretário de Estado Valter Lemos.
No entanto, “contrasta com o que se verifica na vizinha Espanha, que tem o dobro do desemprego” assinala o membro do Governo. Os espanhóis continuam a enfrentar uma realidade dramática, com 21,3 por cento de população desempregada.
O Eurostat ‘coloca’ Portugal no sexto lugar da lista de países da União Europeia com maior taxa de desemprego em março, sendo que o pior registo pertence precisamente à Espanha. Há, no entanto, países fora desta estatística, já que ainda não dispõem de dados relativos ao mês passado.
Uma leitura diferente permite assinalar um aumento no desemprego em Portugal, em comparação com o mesmo mês de 2010. Há um ano, a taxa não ultrapassava os 10,7 por cento, o que consiste num aumento de 0,4 pontos percentuais.
Os jovens continuam a ser os mais fustigados pela falta de oportunidades de trabalho, já que 21,3 por cento dos desempregados têm menos de 25 anos. Os homens representam uma taxa de 10,2 pontos percentuais, enquanto as mulheres atingem os 12,2.
O organismo de estatística europeu revela ainda que há, na Europa, 22,82 milhões de desempregados, sendo que 15,59 milhões pertencem a países da Zona Euro, também marcada por uma estabilização.
Depois da Espanha, Lituânia e Letónia completam este pódio negro, com valores que ronda os 17 por cento. No extremo oposto está Holanda (4,2 pontos percentuais), Áustria (4,3) e Luxemburgo (4,5).
