Desemprego no Brasil baixa para 12,1 por cento em agosto, mas atinge 12,7 milhões de pessoas
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,1 por cento no trimestre encerrado em agosto, mas atinge ainda cerca de 12,7 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esta foi a quinta queda mensal consecutiva e trata-se da menor taxa de desemprego registada até agora desde janeiro deste ano.
A percentagem de desempregados em território brasileiro é 4 por cento menor do que aquela fixada no trimestre anterior encerrado em maio, com cerca cerca de 529 mil pessoas a menos, e é 3,1 por cento menor em comparação com o mesmo período do ano passado.
No entanto, os dados do IBGE mostram que a queda da taxa de desemprego não se deve ao aumento de empregos com contrato efetivo, mas sim por trabalho temporário, por trabalho por conta própria ou doméstico.
O número de trabalhadores domésticos, estimado em 6,3 milhões de pessoas, cresceu 2,7 por cento em 3 meses.
“O trabalho doméstico, que é um indicador da economia em tempos de crise, da falta de oportunidade no mercado de trabalho, volta a subir, e agora com o rendimento em queda. Ou seja, há mais trabalhadores domésticos no Brasil, mas com menos renda”, afirmou à imprensa Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
Em alta está também o número de pessoas que desistiram de procurar emprego, que mantém o recorde registado no mês passado de 4,8 milhões de desempregados, segundo o IBGE, citado pela plataforma noticiosa G1.
O rendimento médio do trabalhador brasileiro foi estimado em 2.225 reais (cerca de 480 euros) de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.