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Desemprego na África do Sul atinge 29,1 por cento e bate recorde em 11 anos

O desemprego continua a aumentar na África do Sul, alcançando 29,1 por cento no terceiro trimestre deste ano, o pior resultado em 11 anos na economia mais desenvolvida do continente africano, informou hoje o serviço de estatística sul-africano.

No total, cerca de 6,7 milhões de sul-africanos encontravam-se desempregados no período entre julho e setembro de 2019, o que implica que haja cerca de mais 2,2 milhões de pessoas sem emprego do que há uma década, segundo informações reveladas hoje pela Stats South Africa, organismo encarregado da elaboração das estatísticas oficiais do país.

O aumento respetivo ao trimestre anterior foi de 0,1 pontos percentuais, o que marca um novo recorde para a África do Sul nos 11 anos em que a Stats South Africa tem medido o desemprego trimestralmente.

A faixa etária com índices mais altos de desemprego é a dos jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos (58 por cento da população sem trabalho).

Na faixa etária imediatamente a seguir, entre os 25 e os 34 anos, o desemprego atingiu valores superiores à média com 36,1 por cento, enquanto apenas 9,9 por cento dos desempregados está entre os 55 e os 64 anos.

Analisando por género e etnia, as mulheres negras são o grupo mais afetado, com uma taxa superior a 30 por cento.

Um dos fatores que influenciaram o aumento do desemprego foi o fraco crescimento da construção, dos serviços públicos de infraestrutura e do transporte.

Segundo um relatório deste semestre do Banco Mundial sobre a economia africana, “a pouca confiança dos investidores está a pesar na atividade económica” da África do Sul.

O desemprego mantém-se como um dos principais problemas do país, não mostrando melhorias ao contrário do prometido pelo Governo de Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul desde o ano passado, quando substituiu Jacob Zuma, e reeleito já este ano.

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