A Juventude Socialista (JS) lamenta os dados do desemprego hoje apresentados pelo INE – uma subida da taxa de desemprego em maio, para 13,2 por cento – e considera que os números são prova das “tentativas de maquilhagem” do Governo.

O Instituto Nacional de Estatística divulgou hoje dados sobre o desemprego em Portugal, 677 mil pessoas desempregadas. Em maio, verificou-se uma subida relativamente a abril, de 2,9 por cento, sendo que em comparação homóloga (maio de 2014), há uma descida do número de desempregados.

Para a JS, “os dados, hoje revelados, dão conta de que a taxa de desemprego manifesta nova subida, após aquilo que o Partido Social Democrata havia ainda recentemente considerado como sinal de ‘um país em que o desemprego está a cair de forma continuada e consistente”.

Num comunicado, a JS sustenta que os números “não só contrariam a narrativa do Governo, que chegado ao período eleitoral se encontra apostado em converter Portugal no novo ‘El Dorado’”, como apontam “perigosas evidências de que os esforços pedidos aos portugueses se revelaram inúteis”.

João Torres considera que “nenhum Governo sério apregoa que um país com uma taxa de desemprego nos 13,2 por cento possa ser considerado como exemplo de milagre económico”, aproveitando para acrescentar que “resta ainda perceber quantos dos empregados de hoje têm condições dignas de emprego”.

A Juventude Socialista considera que os números revelam ainda um “evidente saldo negativo de um Governo que não conseguiu ainda repor os níveis de emprego que herdou, apesar do que considera ser “tentativas de maquilhagem” dos números do desemprego.

Em causa está “a criação de inúmeros programas de estágio e dos contratos emprego-inserção, aos quais se somam os números da emigração de 500 mil portugueses”, apontam os jovens socialistas.

A JS manifesta-se também “preocupada”, dado “o aumento da taxa de desemprego jovem em 1,6 por cento em apenas um mês, valor que situa a taxa de desemprego jovem a níveis de janeiro do presente ano”.