A União Europeia não tem de estar unida para resolver o desemprego porque “o essencial da resposta está ao nível nacional”, afirma Durão Barroso. “Vamos ser claros”, insiste o presidente da Comissão Europeia : “não se deve ter expectativas exageradas” numa resposta comunitária.
A União Europeia (UE) não está unida, diz Durão Barroso, para responder ao agravamento do desemprego por este exigir uma resposta “nacional”. Em Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia (CE) insistiu em aliviar as instituições comunitárias das “expetativas exageradas” quanto a uma resposta ao desemprego.
“Vamos ser muito claros. As soluções para os problemas não estão nestas reuniões do Conselho Europeu e não se deve ter expectativas exageradas em relação ao Conselho Europeu, nem em relação à União Europeia. O essencial da resposta está ao nível nacional”, argumentou ontem Durão Barroso, no final do primeiro dia de trabalhos da reunião de líderes da União Europeia.
A união, no caso concreto do desemprego, exige respostas individuais por parte de cada estado-membro dos 27. “Não se deve pedir ao nível europeu aquilo que o nível europeu não tem meios para dar”, insistiu o presidente da CE, lembrando que as políticas sociais, de emprego, de educação e de legislação laboral são “responsabilidade dos países”, pelo que a UE pode apenas “encontrar alguns instrumentos complementares”.
“Isto é muito importante que se saiba, porque senão cria-se uma situação em que as pessoas pensam que é uma reunião que vai resolver os problemas e não é”, explicou o político português.
Na sequência da “importante” reunião de ontem foi aprovada a cativação de 6000 milhões de euros, no próximo orçamento comunitário, dedicados a combater o desemprego entre os jovens no período de 2014 a 2015, através do financiamento de estágios e de apoios na procura do primeiro emprego, em especial nos países onde a taxa está mais elevada.
“Que ninguém pense que isso vai substituir os esforços que têm que ser feitos em cada um dos países”, reforçou Durão Barroso, sublinhando que “nada substitui o esforço nacional”.