Economia

Desemprego afeta um quinto da população ativa

desempregadoDesemprego sobe para 14,9 por cento em Portugal, no primeiro trimestre do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), que aponta ainda uma subida de 8,4 por cento na taxa de desemprego jovem. No entanto, 20 por cento da população ativa está sem trabalho, o que corresponde a cerca de um milhão de portugueses.

A realidade do desemprego em Portugal foi apresentada hoje pelo INE, que aponta 14,9 por cento de taxa, sendo que não constam desta percentagem a população ativa que desistiu de procurar trabalho. Assim, de acordo com o Público, o número de desempregados deverá rondar um quinto da população nacional.

Já no que diz respeito à taxa de desemprego da população jovem, mantém a tendência de subida, com um acréscimo de 8,4 pontos percentuais, em comparação com o primeiro trimestre de 2011. Há 36,2 por cento de menores de 24 anos sem emprego, de acordo com dados do INE. Trata-se de um indicador sem precedentes e com tendência para aumentar.

Os dados do INE mostram a dimensão do problema do desemprego entre a população jovem, que está com as portas do mercado de trabalho cada vez mais fechadas.

De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, relativa ao acesso ao mercado de trabalho por parte da população com menos de 24 anos, no primeiro trimestre de 2012, a taxa de desemprego mantém uma escalada imparável, atingindo máximos sem precedentes.

Estas percentagens do desemprego neste grupo etário representam 154 400 jovens sem trabalho. Num análise aos jovens com idades entre os 25 e os 34 anos, verifica-se que há 116,9 por cento de desempregados, segundo números do INE.

Acresce a este quadro negro números ocultos de jovens que não constam destas taxas de desemprego, uma vez que já desistiram de procurar trabalho e não estão inscritos nos centros de emprego. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estima que cerca de 50 por cento do jovens em toda a Europa tenham desistido de encontrar o seu espaço no mercado laboral, o que significa que estão fora destes números.

Os dados do INE estão mais próximos dos indicadores apontados pelo Eurostat, relativos a março. O gabinete de estatísticas da União Europeia revelou que a taxa atingiu 15,3 por cento, colocando Portugal no terceiro posto, na lista de países da União Europeia (UE) com mais desempregados.

É uma realidade que não surpreende, dadas as previsões para aumento de desemprego em Portugal, em 2012 e 2013. Os números do Eurostat não divergem dos que o INE apresenta, no que diz respeito à taxa de desemprego jovem. Portugal assinalou um aumento do desemprego jovem, 35,4 de fevereiro para 36,1 por cento em março.

Em Portugal, num olhar à taxa de desemprego em toda a sua extensão, verifica-se que chegou a um máximo histórico, segundo o INE, chegando aos 14,9 por cento nos primeiros três meses do ano.

A escalada do desemprego continua incontrolável, sendo que os dados do INE estão de acordo com as perspetivas de aumento do desemprego estimadas pela Organização Internacional do Trabalho, em todo o mundo.

Relatório apresentado em Genebra antevê 202 milhões de desempregados em 2012, 207 milhões em 2013, números que contrastam com os 196 milhões de pessoas que não tinham posto de trabalho em 2011.

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