Chamada a pagar os impostos referentes a 2013, uma francesa que se encontra agora desempregada partiu o mealheiro no balcão das Finanças. Separando os trocos, juntou 30 quilos de moedas e liquidou os 207 euros que devia. “Sou francesa e adoro refilar”, explicou.
Uma mulher de 28 anos, atualmente desempregada, resolveu protestar enquanto pagava os 207 que devia em impostos. Para que a cena fosse dramática, levou um mealheiro com trocos e partiu-o em cima do balcão da repartição de Finanças, contando as moedas até que perfizesse o total.
Para espanto dos funcionários da repartição e dos outros contribuintes que presenciaram o momento, Audrey D. juntou 30 quilos de moedas. Além do mealheiro, um porco cor de rosa, tinha ainda levado rolos de moedas de um, dois e cinco cêntimos.
“Não tenho nada contra o pagamento de impostos, o que não quero é pagar tanto”, justificou-se, citada pela AFP, manifestando-se contra o esforço fiscal exigido ao povo: “não somos galinhas dos ovos de ouro”.
Ao todo, o fisco notificara Audrey D. a pagar 1107 euros, referente ao rendimento salarial que ganhou ao longo de 2013, ano em que auferiu uma média mensal de 1400 euros. Só que agora a mulher está desempregada e recorreu a um pagamento em prestações, liquidando a verba em parcelas de 300 euros.
Hoje, para liquidar a última prestação, recorreu a “um bom amigo num banco que me ajudou”, reunindo os trocos necessários para completar os 207 euros em falta.
“Para pagar os impostos dentro do prazo, tive de vender o meu carro”, admitiu a contribuinte, que venceu a desconfiança inicial dos funcionários da repartição.
“Sou francesa e adoro refilar”, acrescentou Audrey D., que acabou por divertir os trabalhadores do fisco com o gesto de partir o mealheiro e contar os trocos à frente de toda a gente.
O protesto ficou completo com a divulgação de uma carta aberta, endereçada ao Presidente François Hollande e ao ministro das Finanças (Michel Sapin), como “protesto contra o aumento dos impostos e contra este Governo que toma o povo por idiota”.
Refira-se que, em Portugal, existe um mecanismo legal que inibe os pagamentos em numerário acima de determinados patamares de moedas.
