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Descoberto planeta com condições para acolher seres vivos

A possibilidade de existir planetas com condições favoráveis à habitabilidade nunca foi descartada e tem sido um dos grandes desafios dos astrónomos. Porém, esta descoberta poderá estar próxima. Cientistas europeus descobriram um planeta situado a 36 milhões de anos-luz da Terra, que poderá possuir condições para acolher seres vivos.

O HD85512b, como foi batizado, é 3,6 vezes maior do que a Terra e situa-se numa faixa estreita em órbita de uma estrela da constelação de Vela. Esta região é considerada “habitável” pelos investigadores, uma vez que poderia conter água em estado líquido.

Este novo planeta seria quente, com temperaturas a variar entre os 30 e os 50 graus centígrados, mas também muito húmido. É apenas um dos 50 planetas que os cientistas do Observatório Europeu do Sul encontraram. Para tal descoberta utilizaram o telescópio Harps, patente no deserto do Atacama, no Chile.

Um encontro de astrónomos, nos EUA, foi a situação considerada ideal para darem a conhecer este feito, que será publicado na revista científica Astronomy and Astrophysics.

Dezasseis dos planetas encontrados são considerados ‘Super Terras’, uma vez que possuem uma massa superior à da Terra, mas menor do que a de gigantes gasosos como Júpiter, vistos como inapropriados para sustentarem vida.

Cinco dos novos astros têm uma massa até cinco vezes maior do que a da Terra. “Estes planetas vão estar entre os melhores objetos de estudo para futuros telescópios espaciais, que vão procurar sinais de vida nas atmosferas dos planetas tentando encontrar, por exemplo, indícios da existência de oxigénio”, afirmou Francesco Pepe, do Observatório de Genebra, que auxiliou na pesquisa.

Com estas descobertas, os astrónomos consideram-se mais próximos de desvendar outros pequenos planetas semelhantes à Terra, que estão em volta de estrelas similares ao Sol.

“Nos próximos dez a 20 anos, devemos ter a primeira lista de planetas possivelmente habitáveis nas proximidades do Sol”, concluiu o líder do estudo, Michel Mayor.



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